Uma goleada normal do Sporting sem ser “super”

"Leões" seguem para a quarta eliminatória da Taça de Portugal com triunfo folgado sobre o Vilafranquense.

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Matheus Pereira marcou os dois primeiros golos do Sporting frente ao Vilafranquense Bruno Lisita

Seria o início de uma grande história de futebol. Clube das distritais de uma cidade ribatejana enfrenta clube grande de Lisboa, União Desportiva Vilafranquense contra o Sporting Clube de Portugal. A cidade mobiliza-se para apoiar a equipa e fazer a festa, mas sem deixar de ter esperança num feito extraordinário. A Taça de Portugal pode sempre dar uma história destas (e já deu várias), mas este argumento ficou-se apenas pela premissa. O “pequeno” não venceu o “grande”. Um Sporting de (algumas) segundas escolhas fez o suficiente para se apurar para a quarta eliminatória, com um triunfo por 4-0 no António Coimbra da Mota.

Para os “leões” foi um ponto de passagem para outros compromissos com maior grau de dificuldade (Skenderbeu e Benfica), para os homens de Vila Franca de Xira uma oportunidade rara para recolher boas memórias, mesmo que em casa emprestada pelo Estoril (que ficou a menos de metade da sua capacidade). O equilíbrio competitivo era coisa que dificilmente iria acontecer neste jogo, por mais transcendente que o Vilafranquense estivesse ou por mais desinspirados que os “leões” se apresentassem.

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Como se esperava, Jorge Jesus aproveitou o jogo para fazer experiências. Promoveu a estreia na equipa principal de Bruno Paulista, e deu os primeiros minutos da época a Ewerton, para além de repetir a titularidade de Matheus Pereira e de William Carvalho, deixando de fora jogadores como Slimani, Gutierrez, João Mário ou Jefferson.

Esta equipa de “secundários” levou 12 minutos a inaugurar o marcador. William Carvalho faz o cruzamento e Matheus Pereira, sozinho na área, faz o 1-0.

Aquele bloqueio que as equipas superfavoritas costumam sentir frente a adversários pouco cotados não iria acontecer. O Sporting começava a resolver cedo e, poucos minutos depois ficou ainda mais tranquilo.

Aos 16’, Jonathan Silva faz o cruzamento e Matheus volta a encontrar o caminho certo para a baliza. Isto era sinal que o Sporting estava a encarar o jogo razoavelmente a sério e que o Vilafranquense não iria ter grandes oportunidades para se mostrar.

Na primeira parte, houve apenas uma excepção. Lucas Linhares consegue ganhar espaço a João Pereira e mete a bola na área, mas Nuno Gomes, quando tenta o remate atinge primeiro o guarda-redes Marcelo Boeck.

O resultado parecia caminhar para um desnível acentuado quando Bruno Paulista faz o 3-0 aos 40’, num cabeceamento certeiro após canto de Aquilani, mas o Sporting, não foi por aí.

Depois de uns ameaços do Vilafranquense à baliza de Boeck, que ainda teve de se aplicar em mais que uma ocasião, Gelson Martins fez o 4-0 aos 76’.

Aos 87’, o Vilafranquense ainda esteve perto de dar uma prenda à sua incansável claque, com Lucas a surgir isolado na cara de Boeck, mas a permitir a defesa do guardião brasileiro. Não houve uma super-goleada, nem um David a abater Golias. Foi um jogo normal, com resultado normal.

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