Latvala na frente no fim do segundo dia do Rali de Portugal

Finlandês foi o mais sólido da segunda jornada da prova, afectada pelos incêndios em Ponte de Lima.

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Latvala durante a especial de Caminha Luís Valadares

O finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen) é o líder do Rali de Portugal, quinta prova do Campeonato do Mundo, depois de concluídas as cinco classificativas do segundo dia, marcado pela anulação de uma especial devido a um incêndio.

Apesar da perturbação causada pelo fogo em Ponte de Lima, na segunda prova especial de classificação (PEC2), neutralizada após a passagem de 32 carros, os principais pilotos completaram todo o itinerário matinal, e Latvala, segundo na PEC3 e primeiro na PEC4, assumiu o comando, com 6,1 segundos de vantagem sobre o britânico Kris Meeke (Citroën) e 9,2 sobre Mikkelsen, vencedor da superespecial da véspera.

Enquanto o finlandês tirou o melhor proveito de ser o nono na estrada, beneficiando da limpeza feita pelos carros da frente, o francês Sébastien Ogier, seu companheiro de equipa e bicampeão do mundo, viu confirmados os seus receios. Obrigado a abrir os troços por inerência da liderança do campeonato, caiu para sétimo, a 25,7 segundos, uma diferença significativa.

"Foi um grande salto. Gosto deste troço [Viana do Castelo], o piso é muito solto, mas [com a minha posição na estrada], quando se tem esta oportunidade, tem de se aproveitar. Não fazia um tempo assim há muito tempo", afirmou Latvala, após a quarta especial.

O finlandês, terceiro à partida, não pontua desde o segundo lugar no Rali de Monte Carlo, na abertura do Mundial.
A euforia de Latvala contrastava com a desilusão de Ogier: "Foi um dos piores troços que já fiz a abrir. Inacreditável", comentou o francês, vencedor das três primeiras provas do Mundial, em Monte Carlo, Suécia e México.

Kris Meeke também aproveitou a sua posição e conseguiu adoptar um ritmo constante que lhe permitiu saltar para a segunda posição, abrindo uma boa perspectiva para a Citroën, depois de ter vencido na Argentina, dando à marca francesa a primeira vitória desde 2013.

Ao contrário, Mikkelsen foi de mais a menos, para fechar a secção matinal na terceira posição, tal como o espanhol Dani Sordo (Hyundai), que começou de forma exuberante na especial de Ponte de Lima, assumindo o comando provisório, antes de cair até à quarta posição, a 12,3s.

Atrás seguem o estónio Ott Tanak - que mantém a Ford em prova após o abandono de Elfyn Evans com problemas eléctricos -, o norueguês Mads Ostberg (Citroën), segundo do Mundial de pilotos, Ogier, o britânico Hayden Paddon (Hyundai) e o belga Thierry Neuville (Hyundai), único a utilizar pneus duros, uma opção que o deixou a 50 segundos da frente.

"Tentei poupar os macios para amanhã [sábado]. Perdi um pouco mais do que esperava. Vou tentar recuperar", afirmou Neuville, que ainda terá pela frente a segunda passagem nos três troços feitos de manhã.

Da parte da tarde, cancelada a segunda passagem em Ponte de Lima, os pilotos voltaram a percorrer somente os troços de Caminha e Viana do Castelo, nos quais Latvala foi segundo e primeiro, respectivamente, mostrando a mesma consistência da manhã, para fechar a jornada com 11,1 segundos de avanço sobre o britânico Kris Meeke (Citroën), segundo classificado, e 16 face ao norueguês Andreas Mikkelsen (Volkswagen), terceiro.

O francês Sébastien Ogier (Volkwagen), bicampeão do mundo e líder do Mundial, foi o mais rápido na primeira especial da tarde e segundo na última, mas mantém-se a 25,6 segundos de Latvala, no sexto lugar, ainda atrás do estónio Ott Tanak (Ford) e do espanhol Dani Sordo (Hyundai).

No sábado, disputam-se mais seis especiais, com dupla passagem nos troços de Baião (18,57 km), Marão (26,46 km) e Fridão (37,67, que constituem as duas secções mais longas do rali, com um total de 165,4 quilómetros, entre as regiões de Minho, Douro Litoral e Trás-os-Montes.

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