Vereador do PSD responsabiliza Medina por desacatos no Marquês

O Bloco de Esquerda também quer esclarecimentos da Câmara de Lisboa sobre o porquê de não terem sido seguidas as indicações da PSP.

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O vereador do PSD António Prôa considera que o presidente da Câmara de Lisboa é o “principal responsável” pelo facto de o Marquês de Pombal se ter transformado num “campo de batalha” no passado domingo. O autarca garante que vai “exigir responsabilidades” a Fernando Medina, pelo facto de não ter sido respeitado o parecer negativo da PSP.

 “Vou pedir esclarecimentos na sequência dos incidentes e tendo em conta a informação de que a câmara não respeitou as preocupações que a polícia transmitiu”, afirma António Prôa, sublinhando que vai “sobretudo exigir responsabilidades” ao presidente do município, por ter autorizado os festejos do Benfica no Marquês de Pombal.

Na terça-feira, Fernando Medina rejeitou que houvesse uma relação entre os desacatos que ocorreram na praça e as características do dispositivo que foi montado para os festejos, em moldes que não mereceram a concordância da PSP. “Os desacatos que aconteceram são absolutamente lamentáveis e inaceitáveis para a cidade de Lisboa e para um fenómeno desta natureza, e nada têm a ver com o dispositivo que foi encontrado”, vincou o autarca, que atribuiu a situação a “grupos possivelmente marginais”.

António Prôa reage dizendo que o presidente do município “não pode tentar fazer com que as pessoas julguem que ele não tem responsabilidade”. “A Câmara errou, foi muito imprudente e deve assumir responsabilidade”, afirma o vereador, que promete levar o assunto à próxima reunião camarária.

Entretanto, o Bloco de Esquerda entregou na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) um requerimento, no qual pergunta “porque não foram tidas em consideração pela CML [Câmara Municipal de Lisboa] as indicações da PSP”. No documento, assinado pelo deputado Ricardo Robles, também se pergunta ao município se a posição das forças policiais foi “reflectida em algum documento escrito”, se foi elaborada uma “planta de emergência para o evento” e se foram cobradas taxas pela sua realização.

Na terça-feira, o BE apresentou na AML um “voto de repúdio contra a violência policial”, também a propósito dos festejos da conquista do título pelo Benfica, que não chegou a ser votado. Nele exigia-se “o cabal apuramento de responsabilidades políticas do comando e da tutela, bem como criminal, dos agentes individualmente envolvidos em violência gratuita contra cidadãos e cidadãs indefesas”. com Lusa

 

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