Guardiola: “Têm sido os meses mais difíceis da minha carreira”

Só vontade não basta para eliminar o FC Porto, avisou o treinador do Bayern.

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É verdade, só uma equipa vai passar para as meias-finais Lukas Barth/Reuters

Pep Guardiola queixa-se, mas ele é um pobre menino rico: o Bayern Munique está cada vez mais perto do tricampeonato, vai disputar as meias-finais da Taça da Alemanha e, apesar da derrota frente ao FC Porto na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões (3-1 no Dragão), ainda tem hipóteses de continuar vivo na Liga dos Campeões. O emblema bávaro tem o próprio destino nas mãos, mas o técnico catalão falou já quase em jeito de balanço na antevisão da segunda mão da eliminatória frente aos “dragões”. “Os últimos meses têm sido os mais difíceis da minha carreira de treinador. Aprendi muito sobre a paixão que o futebol provoca. Os meus jogadores são os meus heróis e vou tê-los no coração para o resto da minha vida”, confessou.

O sentimentalismo percebe-se só pela lista de baixas: há vários jogadores importantes com lesões de maior ou menor gravidade, como são os casos de Arjen Robben, Franck Ribéry, David Alaba, Medhi Benatia ou Javi Martínez. Bastian Schweinsteiger esteve indisponível até há pouco tempo, mas treinou-se com o resto da equipa e poderá alinhar hoje à noite. “É uma boa notícia para nós. Março e Abril são meses decisivos na época. Não só para nós, é o mesmo com a Juventus, o FC Porto e todas as outras equipas”, apontou Guardiola.

O ano 2015 está a ser atípico, tendo em conta o passado recente do Bayern. Nos 17 jogos disputados até ao momento, a equipa de Pep Guardiola concedeu três empates e sofreu outras tantas derrotas. A última delas, no Dragão, deixou o mundo do futebol boquiaberto. Um dos trunfos dos “dragões” foi Jackson Martínez, que há mais de um mês estava fora das opções de Julen Lopetegui. “O Jackson infiltrou-se e fez um esforço sobre-humano para jogar”, indicou Guardiola, em declarações que foram mal recebidas pelo treinador do FC Porto.

Quanto ao resultado da primeira mão, o técnico dos bávaros desdramatizou-o: “Em 90 minutos, tudo é possível. Estamos em desvantagem na eliminatória e amanhã teremos de responder em campo. Posso prometer que vamos tentar. Estamos a um passo de renovar o título na Bundesliga e a um passo de chegar às meias-finais da Liga dos Campeões. Não nos vamos qualificar só por dizermos que queremos, que queremos correr muito, lutar muito. Qualificamo-nos se controlarmos as nossas emoções e jogarmos bom futebol. É a única maneira de passar”, resumiu.

E, aconteça o que acontecer, o Bayern não poderá recorrer a tácticas kamikaze, vincou o avançado Thomas Müller. “Temos de ser inteligentes. Mesmo que, ao intervalo, o resultado esteja 0-0, ainda temos hipóteses. Sentimos pressão, claro, mas ter um desafio assim também é bom para nós. É importante mantermo-nos concentrados e marcarmos pelo menos duas vezes”, indicou o internacional alemão, acrescentando em tom de provocação: “Estou confiante e tenho a certeza que vamos seguir em frente. Ganhar 2-0 em casa frente ao FC Porto não seria um milagre, pois não?”

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