“Vamos entrar com vontade, energia e ambição de sermos protagonistas”

Julen Lopetegui, que não se lembra de “nenhuma crítica” ao seu trabalho, afirma que não há favoritos na eliminatória entre o FC Porto e o Basileia.

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Sebastien Bozon/AFP

O favorito, diz Julen Lopetegui, é “o que fizer melhor as coisas no jogo”. O FC Porto começa na quarta-feira a disputar os oitavos-de-final da Liga dos Campeões no St. Jakob Park, em Basileia, e o treinador basco dos “dragões” voltou a tentar, na antevisão do duelo frente aos suíços, afastar dos seus ombros o peso da responsabilidade na eliminatória. O técnico, todavia, garante que os portistas vão jogar na Suíça “com vontade, energia e ambição” de serem “protagonistas”, perante um rival treinado por Paulo Sousa que é uma “equipa completa, que sabe bem todos os processos ofensivos e defensivos”.

“É uma eliminatória dos oitavos- de-final da Champions e o jogo por si só é importante, bonito, e num local histórico para o meu clube”, começou por dizer Julen Lopetegui, recordando que o FC Porto disputou a primeira final europeia (Taça das Taças), em 1984, em Basileia, contra a Juventus. De volta ao presente, o basco considera que os pratos da balança estão equilibrados entre portugueses e suíços, sendo que “o único favorito é o que fizer melhor as coisas no jogo”.

Num raio-x ao Basileia, Lopetegui definiu os campeões suíços como “uma equipa muito experiente a nível europeu”, lembrando que a formação comandada por Paulo Sousa “prepara este jogo há praticamente dois meses”. “Não sei se ter treinador português é uma vantagem ou não. Sei que o Basileia está bem orientado e falamos de uma equipa muito boa, com jogadores que têm mais 200 jogos internacionais que os nossos. Tem muita experiência internacional e individual. Cada detalhe é importante a este nível. Para nós é importante não sofrer golos.”

Com o afastamento do Benfica das provas europeias e a “despromoção” do Sporting para a Liga Europa, o FC Porto é a única equipa nacional ainda a disputar a Liga dos Campeões. Questionado sobre o facto e confrontado com algumas críticas que terá recebido no início da época, o treinador portista disse não se recordar de nada: “Não me lembro de nenhuma crítica. Estou focado no meu trabalho. Sempre senti carinho do clube e dos adeptos. No início desta viagem na Champions tivemos de ser nós a lutar pelo nosso próprio bilhete. Agora é desfrutar.”

Com um discurso confiante, Paulo Sousa mostrou igualmente vontade de “ser protagonista”. O treinador do Basileia começou por elogiar o FC Porto, “uma das três equipas que ainda não perdeu na Liga dos Campeões, a par do Chelsea e do Real Madrid”. “Tem 19 golos marcados e quatro sofridos, o que mostra ser uma equipa forte ofensiva e defensivamente. A base cultural e a filosofia de jogo estão bem enraizadas no clube há anos”, lembrou.

Apesar de antever “um jogo muito difícil” e que vai “exigir muito” da sua equipa, Paulo Sousa garante que os suíços vão criar dificuldades ao FC Porto: “Vamos ter momentos em que o FC Porto nos vai pressionar, ter uma ou outra situação em que vai ter alguma vantagem, mas tenho a certeza de que vamos sair da pressão e criar problemas, pois somos uma equipa com uma base de princípios de personalidade e risco. Vamos querer ganhar terreno para podermos estar várias vezes perto da baliza do adversário, para criarmos situações de golo e concretizarmos mais do que o FC Porto”, apontou.

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