Uma vitória portuguesa em etapa de Dakar é sempre um motivo de orgulho e razão para se festejar. Nesta sexta-feira, o Hélder Rodrigues reencontrou-se com os triunfos e mostrou toda a sua garra. Apesar de continuar adoentado confirmou o que há dias vinha dizendo - que ainda haveria de entrar na corrida. Estou feliz por ele mas também muito satisfeito por ver três portugueses nos sete primeiros lugares das motos. O Paulo , o Hélder e o Ruben estão a fazer uma grande corrida. Somos mesmo uma potência nesta disciplina mas era importante que fossem lançados novos valores.

Por falar em vitórias portuguesas em etapas do Dakar, a primeira foi alcançada pelo Duarte Guedes, num Nissan Patrol, em 1997. Na altura ainda não me tinha aventurado na competição todo-o-terreno, mas seguia a modalidade de perto, acompanhando o meu pai que nunca fez um Dakar mas chegou a participar num Rali dos Faraós.

De lá para cá a modalidade evoluiu imenso e é curioso que as marcas que então dominavam eram os construtores japoneses que agora têm uma participação de muito menor relevância e a que existe é em parte via África do Sul e Brasil. 

E é uma Toyota sul-africana a única que, de momento, parece fazer sombra a Nasser Al Attiyah. O piloto do Qatar com o seu Mini voltou a ganhar mas apenas acrescentou trinta magros segundo à sua vantagem sobre De Villiers. Para além destes dois pilotos, que estão a confirmar o destaque que vinham merecendo, quero também salientar o regresso de Carlos Sousa ao "top-10" e agora a um brilhante oitavo lugar. À sua frente já só lá estão quatro Toyota e três Mini, numa corrida que continua a ter muita gente a lutar por bons resultados em etapas mas que já está completamente afastada da luta pelos primeiros lugares na corrida. Nesta sexta etapa vimos por lá Nani Roma, Orlando Terranova, Robby Gordon e mesmo Stéphane Peterhansel, que dominou na fase inicial da etapa. Quem diria! Piloto