Gigantes mundiais do surf lutam por edifício na praia de Carcavelos

No dia 31 de Outubro vai saber-se se a requalificação e exploração do antigo Narciso vai ser entregue à Billabong ou à Quiksilver.

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Projecto vencedor
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Projecto da Billabong

É um duelo entre dois gigantes mundiais do surf aquele que por estes dias se trava no concelho de Cascais: a requalificação e exploração da antiga estalagem Narciso, na praia de Carcavelos, está a ser disputada pela Billabong e pela Quiksilver.

O vencedor deste concurso, promovido pela Câmara de Cascais e pelo Centro Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos (CRCQL), vai ser conhecido no dia 31 de Outubro. Seja qual for o desfecho, o presidente do centro não tem dúvidas de que o projecto que for avante será “um contributo” para o objectivo de fazer de Carcavelos “a capital nacional do surf”.

Segundo Jorge Vieira, a decisão será tomada tendo em conta elementos como o projecto de arquitectura e o seu impacto na praia de Carcavelos, o investimento previsto e os aspectos financeiros da proposta, entre outros. O presidente do CRCQL sublinha que o júri inclui pessoas com formação “desportiva, técnica e empresarial” e admite que “vai ser difícil” escolher entre “duas grandes propostas de duas grandes empresas”.

A da Billabong, apresentada em consórcio com a empresa portuguesa Despomar (que representa aquela marca no país), prevê um investimento de 2,5 milhões de euros para transformar o edifício Narciso “no mais poderoso all in one do surf em Portugal”. Segundo se explica em comunicado, o projecto inclui “uma grande área comercial, a Billabong Megastrore”, “uma zona de alojamento com a possibilidade de funcionar como centro de estágios”, “salas de apoio à medicina no surf”, “uma zona de chill out”, “um mini half no exterior” e uma zona de café e restauração.

No centro do edifício deverá nascer um museu, “dedicado à história do surf no concelho de Cascais”, numa forma de “celebrar” a modalidade. A Billabong destaca que o seu projecto foi desenvolvido pelo atelier Promontório e “prima pela preservação das características da arquitectura original e do estilo da época em perfeita harmonia com a envolvente”.  

Já a proposta da Quiksilver contempla um investimento de cerca de quatro milhões de euros e inclui “uma loja bandeira da marca”, “um empreendimento turístico com 40 camas”, “um ginásio de fitness/yoga”, “um espaço de restauração e lazer” e “um museu do surf”. Uma das marcas distintivas deste projecto é o facto de prever o surgimento de uma área dedicada à prática de skate, que começa no exterior e se prolonga, através de um túnel, para o interior do edifício.

Aquilo que se pretende com esse “skate parque indoor e outdoor”, explica-se num comunicado, é “proporcionar a prática de desportos de prancha mesmo quando as condições naturais não o permitem”. Para o director-geral da Quiksilver em Portugal, José Gregório, “ao nível do surf e do skate, este é um projecto pioneiro, que irá ter um papel fundamental no desenvolvimento e na promoção de Cascais e de Portugal, como destino turístico de eleição”.  

O projecto que for escolhido irá desenvolver-se em complementaridade com o Cascais Surf Center, que funciona também na antiga estalagem Narciso e que foi inaugurado em Setembro de 2013, “depois de profundas obras de remodelação”. De acordo com um assessor de imprensa da câmara, a gestão desse equipamento “é feita conjuntamente” pela câmara e pelo CRCQL, estando presentes neste espaço “a Federação Nacional de Surf, a Secção Náutica do Clube dos Lombos, a Associação de Salvamento Aquático, a Associação SOS (Salvem o Surf), a Associação Portuguesa de Bodyboard, entre outros”.

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