Se correr bem, o primeiro jogo oficial da época pode funcionar como um bom presságio, mas nem sempre é assim. Olhando para o historial da Supertaça Cândido de Oliveira, que opõe o campeão da época anterior com o vencedor da Taça (ou o finalista vencido, como foi o caso da final deste domingo), não são muitas as vezes em que vencer o primeiro troféu significa um trampolim para o título. Aconteceu apenas por 11 vezes em 35 edições, e apenas uma vez o Benfica foi campeão depois de ganhar.

A abrir a época 1980-81 defrontavam-se o campeão Sporting e o vencedor da Taça Benfica. Na primeira mão, em Alvalade, os “encarnados” até estiveram a vencer por 2-0, com golos de Carlos Manuel e César, mas um bis de Jordão nivelou o resultado e atirou as decisões para jogo na Luz, onde, depois de Jordão marcar primeiro, valeram os golos de Nené e Vital, para aquela que seria a primeira Supertaça conquistada pelas “águias”. Depois, o Benfica de Lajos Baroti seria campeão, com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto, batendo também a formação portista na final da Taça.

Mas se há uma equipa para quem a Supertaça é um bom presságio é o FC Porto, o grande dominador da competição, com 20 títulos conquistados em 36 edições da prova. A dez dessas conquistas, os “dragões” juntaram o campeonato — aconteceu em 1984, 1991, 1994, 1996, 1998, 2003, 2006, 2010, 2011 e 2012.

Com o triunfo de ontem, o Benfica aumenta para cinco o número de triunfos na Supertaça, ainda atrás dos 20 do FC Porto e dos sete do Sporting, mas à frente de Boavista (três) e V. Guimarães (um). Para Jorge Jesus foi o primeiro triunfo nesta competição, passando a deter o pleno das quatro principais provas nacionais — dois campeonatos, quatro Taças da Liga, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. O técnico “encarnado” é, ainda, o 28.º treinador a conquistar o troféu, sendo que sete técnicos o venceram mais que uma vez: Artur Jorge (3), António Oliveira, Vítor Pereira, Paulo Bento, Octávio Machado, Fernando Santos e Bobby Robson.