Matosinhos ainda procura solução para pipelines no subsolo que vão ser desactivados

O desmantelamento do parque de combustíveis deve acontecer em 2015, quando termina a licença para utilização do espaço para esta finalidade.

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O Parque de combustíveis de Real pode ser desactivado a partir do final de 2015 Fernando Veludo/NFactos

Ainda não está fechado o acordo entre a Câmara de Matosinhos e as petrolíferas que admitem retirar, depois de 2015, os depósitos de combustíveis do parque de Real. As partes envolvidas já têm praticamente definido as áreas de terreno a ceder mutuamente, na área do parque, mas segundo Guilherme Pinto há uma questão que não estava a ser equacionada, e para qual se procura ainda uma solução: o que fazer com os pipelines, as tubagens, que atravessam a cidade, até àquelas instalações junto da Circunvalação?

À margem de uma visita às novas instalações do Centro de Engenharia Aeronáutica que abrirá até Junho, precisamente ao lado do Parque de Real, Guilherme Pinto explicou o que ainda entrava a solução definitiva para os depósitos que a Câmara pretende ver transferidos para um terreno ao lado da refinaria da Petrogal. Nos acordos assinados anteriormente com as petrolíferas, nada estava dito sobre o futuro a dar aos pipelines, e isso terá de ficar bem claro quando as empresas envolvidas e a autarquia assumirem o desmantelamento do parque de combustíveis, que deve acontecer terminada, em 2015, a licença para utilização do espaço para esta finalidade.

A autarquia não pretende a retirada imediata das tubagens, o que deixaria, segundo Guilherme Pinto, várias ruas em obras durante dois anos. Em vez disso, está a estudar a hipótese de ficar estabelecido contratualmente que, no momento em que haja uma intervenção numa rua sob a qual existam pipelines desactivados, estes possam ser retirados a expensas dos seu actuais proprietários. Mas essa solução terá de ser estudada em vários aspectos, admitiu o autarca, assumindo a vontade de concluir o acordo e retirar de Matosinhos-Sul estes equipamentos pesados que não se coadunam com o que a edilidade pretende para a cidade.

Design, design, design. Terminado o ciclo das fábricas de conservas, estabilizada a fase da transformação das carcaças das antigas unidades fabris em habitação, o  presidente da Câmara de Matosinhos está apostado em dar condições para que mais empresas ligadas à economia criativa se instalem na cidade, que pretende candidatar em 2015, a Capital do Design, título atribuído de dois em dois anos pelo Conselho Internacional das Organizações de Design Industrial. E o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA), que abre em Junho o seu Centro de Engenharia Aeronáutica ao lado do Parque de Real é, para o autarca, um dos melhores trunfos para a candidatura.

Câmara e CEIIA vão colaborar, já em Junho, numa iniciativa cultural. A autarquia vai instalar nas áreas de acesso público do novo Centro de Engenharia Aeronáutica a exposição sobre os 500 anos do Foral Manuelino atribuído à vila de Matosinhos (que até ao século XIX pertenceu ao concelho de Bouças). Essa exposição, que mostrará a evolução do território desde a pré-história à actualidade, terá como ex-libris o foral original que, explicou ao PÚBLICO o vereador da Cultura, Fernando Rocha, pertence à Câmara do Porto e está guardado no Arquivo Municipal da cidade vizinha. O documento não vai mudar de dono. Segundo o autarca apenas vai ficar à guarda da cidade a que diz respeito, em regime de depósito.  

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