Lado A do Benfica mais perto de passar a tocar na Liga Europa

“Encarnados” derrotaram o AZ Alkmaar por 2-0 e garantiram a presença nas meias-finais. Rodrigo marcou dois golos, ambos com assistências de Salvio. Sílvio lesionou-se com gravidade e pode esquecer o Mundial.

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Rodrigo marcou os dois golos do Benfica Francisco Leong/AFP

Até agora, a Liga Europa (e as Taças de Portugal e da Liga) têm servido como um balão de ensaio para Jorge Jesus, que cristalizou o seu melhor “onze” para o campeonato português. E o técnico “encarnado” tem colhido frutos desta gestão, mantendo-se em todas as frentes. Nesta quinta-feira, foi mais um exemplo disso. Utilizou metade da primeira linha e voltou a vencer o AZ Alkmaar por 2-0, garantindo a presença nas meias-finais da Liga Europa (pela terceira vez consecutiva), depois de ter triunfado por 1-0 na primeira mão. E nos próximos compromissos europeus, no final de Abril e princípio de Maio, caso já esteja garantido o título português, é bem provável que seja o lado A do Benfica a tocar.

Há uma semana, na Holanda, tinha sido o AZ Alkmaar a entrar com tudo e a criar situações que Artur resolveu, mostrando que não era uma equipa assim tão inofensiva quanto o sétimo lugar na Liga holandesa poderia indicar. Na Luz, o Benfica não deu espaço aos homens de Dick Advocaat e procurou resolver o assunto cedo para não estar à mercê de algum susto, como acontecera frente ao Tottenham, na eliminatória anterior. E, desta vez, os holandeses foram mesmo inofensivos. Só o seu guarda-redes é que se conseguiu mostrar.

Na primeira meia hora, o Benfica teve várias oportunidades para marcar, mas o costa-riquenho Estebán ganhou os duelos com Óscar Cardozo, aos 8’ e aos 32’.

O paraguaio, cada vez mais um actor secundário neste filme, ainda falhou mais um golo feito aos 38’, mas, no minuto seguinte, Rodrigo atirou para o sítio certo — Salvio correu pelo flanco direito, numa arrancada que deixou todos para trás, e fez o cruzamento perfeito para Rodrigo, o único que conseguiu acompanhar a jogada, finalizar sem dificuldades.

Estava feito o essencial. O Benfica já podia entrar em modo gestão, mas sempre com atenção a alguma improvável cavalgada dos holandeses.

Momentos mais animados no jogo, só mesmo quando havia algum golo no Sevilha, com festejos moderados para os golos andaluzes dos adeptos a seguir o jogo com um rádio ou um smartphone.

O AZ só conseguiu fazer o seu primeiro remate aos 65’, mas Artur mostrou que estava com os músculos bem aquecidos e defendeu para canto.

O ritmo “encarnado” era baixo, o do AZ pouco crente e, aos 71’, novo momento interpretado pelos dois protagonistas do primeiro golo — cruzamento de Salvio e Rodrigo fez o 2-0.

Montanha impossível de ultrapassar para o AZ, navegação tranquila para o Benfica, que, tal como na última época, está a entrar nas últimas semanas com tudo para ganhar. Mas parece diferente. Este Benfica está a decidir cedo. Se mantiver o ritmo das vitórias, irá garantir o campeonato, o mais tardar dentro de semana e meia. Depois, Jesus vai poder inverter a gestão dos recursos, em busca de mais uma final europeia.

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