PSG sobe em flecha no ranking dos clubes com mais receitas

No top 20 dos emblemas que mais proveitos geraram em 2012-13 registou-se uma subida de 8%.

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Ano após ano, os números que alimentam a elite do futebol continuam a impressionar. Em 2012-13, os 20 clubes com mais receitas do futebol mundial aumentaram os proveitos em 8%, para um total de 5,4 mil milhões de euros. No topo desta cadeia continua o Real Madrid, pela nona temporada consecutiva, mas é o Paris Saint-Germain que maior crescimento tem registado nas últimas épocas.

Desde que o fundo Qatar Investment Authority decidiu relançar o clube, o actual campeão francês tem sido encarado com um tubarão financeiro capaz de agitar as águas do mercado de transferências. Mas, para além da faceta de gastador por excelência, o PSG é também uma máquina de gerar receitas. De acordo com o estudo da consultora Deloitte, divulgado na noite de quarta-feira, o emblema parisiense quase quadruplicou as receitas desde 2010/11, para os 398,8 milhões de euros,

Este boom catapultou o clube do 10.º lugar (em 2011-12) para o 5.º do ranking, com proveitos comerciais de 254,7 milhões de euros. “O PSG é o alpinista mais rápido na Money League deste ano, alcançando a posição mais alta de sempre para um clube francês. São o único representante do país no top 20 deste ano”, analisa Austin Houlihan, manager do Sports Business Group, da Deloitte.

Ainda assim, o PSG continua longe do primeiro classificado, um cliente habitual do topo da pirâmide. Na verdade, ao liderar a tabela pelo nono ano seguido, o Real Madrid bateu o recorde de oito épocas que era pertença do Manchester United. Mesmo numa temporada que acabou por ser uma desilusão no plano desportivo, os “merengues” arrecadaram uns impressionantes 518,9 milhões de euros (211,6 são receitas comerciais e 188,3 verbas decorrentes das transmissões televisivas, que cresceram 5,7 milhões de euros).

Os direitos de transmissão dos jogos fazem, de resto, a diferença na altura de ombrear com os outros gigantes europeus. “Os clubes espanhóis beneficiam de receitas substanciais em transmissões televisivas, negociadas individualmente, o que é decisivo para a vantagem que têm sobre os seus pares europeus em matéria de receitas”, explica Dan Jones, outro dos especialistas da consultora na área do desporto.

A sustentar esta visão está o facto de o Barcelona ocupar o segundo lugar da pirâmide, mantendo os 483 milhões de euros gerados em 2011-12 (está agora a 36,3 milhões do grande rival interno), uma posição à frente do Bayern Munique, cujo sucesso desportivo (conquistou o campeonato, a Taça da Alemanha e a Liga dos Campeões) foi fundamental para elevar o nível de receitas para os actuais 431,2 milhões.

“Todos os clubes do top 30 geraram receitas superiores a 100 milhões de euros. Na primeira edição da Money League, em 1996-97, apenas o Manchester United superou esse número, e só em 2007-08 é que todos os 20 principais clubes geraram valores acima desse montante. Esta taxa de crescimento da receita é uma demonstração do interesse pelo desporto mais popular do mundo”, acrescenta Dan Jones.

Uns furos abaixo do habitual está agora o Manchester United (é quarto, com 423,8 milhões de euros), mas as perspectivas para a próxima temporada são altamente animadoras para o campeão inglês. "Uma série de recentes acordos comerciais do clube vão aumentar as receitas em 2013-14. Estas parcerias, juntamente com o impacto da melhoria das ofertas de transmissão da Premier League durante três anos, a partir de 2013-14, significam que é provável que consiga chegar perto dos 500 milhões de euros de receitas no próximo ano", avalia Houlihan.

Os clubes ingleses, de resto, continuam a dominar o top 10, onde, ao United, se juntam os vizinhos do City (sexto lugar), o Chelsea (sétimo) e o Arsenal (oitavo). Quanto ao Liverpool, apesar de ter aumentado fortemente as suas receitas, concretamente em 9%, está fora dos 10 primeiros pela primeira vez desde 1999-00 (é 12.º).

Quatro e seis posições abaixo estão, respectivamente, Galatasaray (157 milhões) e Fenerbahçe (126), dois representantes da Turquia, país que tem vindo a ganhar terreno na economia do futebol. O crescimento económico do país, a paixão dos adeptos e o desenvolvimento de infra-estruturas são apontados pelos analistas como contributos essenciais para um forte crescimento destes mercados.

Deloitte Football Money League: receitas em 2012-13

1. Real Madrid: 518,9 milhões de euros 
2. Barcelona: 482,6
3. Bayern de Munique: 431,2
4. Manchester United: 423,8
5. Paris Saint-Germain: 398,8
6. Manchester City: 316,2
7. Chelsea: 303,4
8 Arsenal: 284,3
9. Juventus: 272,4
10. AC Milan: 263,5
11. Borussia Dortmund: 256,2
12. Liverpool: 240,6
13. Schalke 04: 198,2
14. Tottenham: 172
15. Inter Milão: 168,8
16. Galatasaray: 157
17. Hamburgo: 135,4
18. Fenerbahçe: 126,4
19. AS Roma: 124,4
20. Atlético de Madrid: 120

Fonte Relatório Deloitte Football Money League 2014 
 
 

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