Concessionários de praia querem apoio do Governo para cobrir prejuízos do mau tempo

Federação alega que concessionários não têm dinheiro para reabrir os estabelecimentos, pondo em risco a assistência às praias no Verão.

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No Porto, o restaurante Shis ficou destruído Bárbara Raquel Moreira

O presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia, João Carreira, anunciou nesta quarta-feira que vai pedir a ajuda do Governo para "minimizar os prejuízos" provocados pelo mau tempo nos apoios de praia das zonas costeiras de todo o País.

"A forte ondulação dos últimos dias provocou milhões de euros de prejuízos nos apoios de praia um pouco por todo o país, pelo que decidimos pedir uma reunião, com carácter de urgência, ao ministro do Ambiente e ao Secretário de Estado do Turismo", disse João Carreira.

A federação vai pedir o acesso a linhas de crédito "para ajudar a repor todos os equipamentos [que foram destruídos pelo mar]". Caso contrário, afirmou, "haverá muitos empresários que não terão capacidade financeira para reabrir os estabelecimentos, pondo em risco a assistência às praias em muitas zonas do país".

Segundo João Carreira, há concessionários que estão descapitalizados porque fizeram, recentemente, grandes investimentos nas adaptações ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira. O presidente da federação reconheceu que ainda não foi feita uma estimativa dos prejuízos provocados pelo mau tempo nas zonas costeiras, mas referiu, a título de exemplo, que um único restaurante de Esposende já contabiliza "mais de um milhão de euros de prejuízos".

O mau tempo e a forte ondulação dos últimos dias afectou zonas ribeirinhas de norte a sul do país, tendo provocado danos significativos em muitos apoios de praia, incluindo estabelecimentos de restauração.

A região Norte foi uma das zonas mais afectadas mas também houve prejuízos significativos em diversos apoios de praia na região centro, na região de Lisboa, na margem sul do Tejo e no Algarve.

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