Paquete Funchal ao largo de Portimão à espera de rebocador

Mau tempo obrigou cruzeiro a parar no Algarve, mas não existe rebocador no porto de Portimão e foi preciso pedir um a Setúbal. A bordo estão 400 pessoas.

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Paquete Funchal esteve dois anos encostado ao Cais da Matinha e só voltou ao mar em Agosto de 2013 José Fernandes/Arquivo

O Paquete Funchal está retido a sete milhas de Portimão, à espera de um rebocador que o leve até ao porto. O navio de cruzeiro, com 400 passageiros, viu-se obrigado a parar no Algarve quando seguia desde Marrocos até Lisboa, devido à forte agitação marítima. Só deverá conseguir aportar no domingo.

Segundo a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, foi pedido o rebocador de Sines, como acontece habitualmente quando é necessário levar um navio de cruzeiro até ao porto. No entanto, não havia nenhum rebocador disponível e foi preciso chamar outro, de Setúbal. Este ainda se fez ao mar mas as vagas de sete metros de altura obrigaram-no a regressar ao porto, agendando nova tentativa para domingo.

No entanto, o rebocador demora “oito a dez horas” desde o porto de Sines até Portimão, segundo a autarca, pelo que a viagem será ainda mais demorada partindo de Setúbal. Se as condições do mar o permitirem, o rebocador sairá de Setúbal às 5h e só ao final do dia deverá conseguir ajudar o Paquete Funchal a entrar no porto.

Até à chegada do rebocador, o navio de cruzeiro terá de passar o tempo a navegar entre Alvor (Portimão) e Albufeira, para evitar a forte ondulação que se faz sentir ao longo de toda a costa portuguesa. O Paquete Funchal tem como destino Lisboa, onde pretendia chegar neste domingo, após uma viagem de uma semana com escala na Madeira, para ver o fogo de artifício na noite de passagem de ano, e em Marrocos.

O Paquete, que pertence à empresa Portuscale Cruises, foi construído há 52 anos e remodelado no ano passado, depois de dois anos encostado ao cais da Matinha, em Lisboa, à espera de obras. Esteve em risco de ir parar à sucata mas voltou ao mar em Agosto. Tem 154 metros de comprimento e 19 metros de largura, e tem capacidade para perto de 600 pessoas.

Os navios de grande dimensão estão impedidos de aceder ao porto de Portimão por falta de desassoreamento dos canais de navegação e de um rebocador, necessário para apoiar as manobras. O ministro da Economia, Pires de Lima, anunciou em Agosto, numa visita à cidade, um investimento de dez milhões de euros na modernização do porto.
 
 
 

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