Três mortos e cinco feridos graves em acidente entre dois carros e um cavalo perto de Évora

Colisão foi um dos 475 acidentes registados pela PSP entre segunda e quarta-feira.

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O trânsito na rua foi restabelecido pela GNR ao fim de 20 minutos Hugo Delgado

A colisão entre dois veículos e um cavalo nesta quarta-feira à noite, nos arredores de Évora, provocou três mortos e cinco feridos graves, entre os quais estão duas crianças. O cavalo também morreu no acidente.

As vítimas mortais são Maria Antónia Ascensão, ex-jornalista do PÚBLICO, de 47 anos, e o marido, de 52 anos, que seguiam num dos veículos, e uma mulher com cerca de 80 anos que ia no outro carro. O casal morava no Seixal mas tinha ido passar o Natal em Évora.

As duas crianças, de cinco e 13 anos, foram inicialmente levadas para o hospital de Évora, onde deram entrada em "estado muito grave, com prognóstico reservado", segundo disse à Lusa fonte do hospital. Nesta quinta-feira de manhã foram transferidas para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. A mais nova, filha do casal, acabou também por morrer na quinta-feira à noite.

Os outros três feridos são duas mulheres, uma das quais está na unidade de cuidados intensivos, mas estabilizada, e um homem.

O acidente ocorreu por volta das 21h na Estrada Nacional 114 entre Évora e Montemor-o-Novo, na zona de São José da Peramanca, a cerca de três quilómetros de Évora. Um automóvel ligeiro de passageiros embateu num cavalo que atravessou a faixa de rodagem, tendo depois colidido com outro veículo. A PSP de Évora está a investigar as circunstâncias em que ocorreu o acidente, desconhecendo ainda a identidade do dono do cavalo envolvido.

As três vítimas mortais deste acidente foram as únicas registadas pela PSP entre segunda e quarta-feira, enquanto decorre a operação Festas Seguras. Em comunicado, a polícia informa que o balanço provisório deste ano aponta para "um aumento de todas as variáveis em análise no âmbito da sinistralidade rodoviária", em comparação com igual período do ano passado.

Entre segunda-feira e o dia de Natal ocorreram 475 acidentes – mais 135 do que em 2012 – na área sob jurisdição da PSP. Além de três mortos (mais um do que em 2012), há registo de nove feridos graves (mais três). Desde o início da operação Festas Seguras 2013, que arrancou a 13 de Dezembro, a PSP já registou quatro vítimas mortais, menos uma do que em igual período de 2012.

A PSP registou ainda no final de segunda-feira e, principalmente, na véspera de Natal um “volume anormal” de chamadas para as brigadas de acidentes, que atribuiu às “condições adversas” do tempo, registadas Portugal continental.

A GNR, que tem também em curso uma operação especial de fiscalização nas estradas portuguesas, contabilizou no dia de Natal 185 acidentes, dos quais resultaram um morto, cinco feridos graves e 75 feridos ligeiros. Segundo o sargento Vitalino Gomes, do Comando Geral da GNR, estes números são menos trágicos do que os do ano passado, em que houve mais 37 acidentes, mais um ferido grave e mais 13 feridos ligeiros.

Desde as 0h de sexta-feira até à meia-noite do dia de Natal, a GNR contabilizou 1383 acidentes, dos quais resultaram dez mortos, 28 feridos graves e 435 feridos ligeiros. Na comparação com a época de Natal de 2012, a GNR registou menos 132 acidentes, menos dois mortos, menos quatro feridos graves e menos 22 feridos ligeiros.

A operação Natal termina nesta quinta-feira à meia-noite. Na próxima terça-feira, às 0h, começa a operação Ano Novo, que só termina à meia-noite de 1 de Janeiro.

A PSP apela aos condutores para que liguem as luzes de circulação dos automóveis durante todo o trajecto, mesmo no período diurno, que “usem e abusem dos ‘piscas’” em condições atmosféricas adversas, como visibilidade reduzida e formação de gelo, e diminuam para cerca de 20 km/h a velocidade de circulação junto às áreas habitacionais e comerciais nas cidades.

Nas vias rápidas e auto-estradas, a PSP aconselha os automobilistas a circularem em “velocidades moderadas” e a evitarem os limites máximos de velocidade devido ao estado escorregadio do piso e à possibilidade de criação de “lençóis de água”.

Notícia actualizada às 9h41 de 27/12: actualiza informação sobre as vítimas
 

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