Com Carlos Eduardo, o FC Porto venceu e desta vez convenceu

Campeão goleou em casa o Olhanense e conseguiu o seu triunfo mais folgado nesta temporada.

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Foto: Miguel Riopa/AFP

O FC Porto alcançou o seu triunfo mais robusto da temporada (4-0) e a melhor notícia para os seus adeptos é que a exibição justificou-o. A equipa de Paulo Fonseca marcou pela primeira vez quatro golos e livrou-se facilmente de um Olhanense que não conseguiu nunca ser um obstáculo para os homens da casa. Ainda é cedo para tirar conclusões a médio prazo, mas a aposta em Carlos Eduardo (e o recuo de Lucho González para onde é mais determinante) deu para já outra vida ao campeão. O médio brasileiro fez uma óptima exibição, coroada com o primeiro golo de “azul e branco” e duas assistências.

O clube algarvio, uma das duas equipas que ainda não venceram fora numa Liga com muitos sucessos visitantes, foi inofensivo no Dragão e terá de melhorar para sair da zona baixa da classificação. Somou a sexta derrota seguida em todas as provas, a quinta no campeonato, e já acumula oito partidas sem ganhar. Perdeu os duelos em todas as zonas do campo e, apesar das aparentes hesitações nos dois primeiros golos, teve no guarda-redes esloveno Belec talvez o seu melhor elemento.

Os “dragões”, que conseguiram a terceira vitória seguida na Liga e ficam à espera do que fará o Sporting, ainda jogarão em Alvalade este ano (Taça da Liga), mas o seu próximo jogo para o campeonato acontecerá na Luz, frente ao Benfica, no final da 1.ª volta.

Muito mais do que o compromisso com o Rio Ave, este jogo mostrou a utilidade e a qualidade de Carlos Eduardo. O FC Porto ganhou os seis primeiros jogos da época, mas já não vencia dois seguidos desde 19 de Outubro, quando bateu o Trofense depois de derrotar o Arouca. De então para cá, disputou 12 jogos, com cinco vitórias.

Esta sexta-feira, o triunfo portista pareceu sempre o cenário mais provável. A grande diferença do FC Porto para outras ocasiões foi a dinâmica de jogo, visível por exemplo no facto de haver quase sempre uma ou mais opções de passe para o portador da bola. Antes de Mangala, a jogar como lateral por causa da ausência de Alex Sandro, abrir o marcador aos 30’, já Fernando, Varela, Jackson e Licá tinham desperdiççado noas oportunidades. O golo (de cabeça após canto de Carlos Eduardo) foi o décimo do francês nas três épocas em que representa o clube - o décimo na sequência de bolas paradas.

O lance do 2-0 foi semelhante: canto batido por Eduardo e Jackson finalizou de cabeça (54’). O colombiano contabiliza sete golos nos últimos oito jogos e marcou pela 16.ª vez esta época, a 12.ª na Liga. Depois de Belec evitar o 3-0 mais algumas vezes, o Olhanense, que há uma semana criou muitas dificuldades ao Benfica, dispôs finalmente de uma oportunidade com algum perigo aos 79’, mas Helton travou sem dificuldade o cabeceamento do central Diakhité.

Depois voltaram os golos dos locais, que fizeram mais de 30 remates: Carlos Eduardo marcou num bonito remate em arco de fora da área (82’) e Herrera também não desaproveitou a oportunidade de se estrear a marcar pelo FC Porto (84’). Para o campeão, o desafio será imitar a exibição nos próximos encontros. Para o Olhanense, não a repetir.

 
 
 

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