O conselho de governo regional da Madeira, reunido nesta quarta-feira sob a presidência de o seu vice João Cunha e Silva, manifestou a sua "profunda indignação pelo comportamento inadequado, impróprio e deselegante" do presidente da FIFA, Joseph Blatter, relativamente ao madeirense Cristiano Ronaldo.

O executivo madeirense "realça o contributo inexcedível deste nosso conterrâneo para o fenómeno desportivo em geral e, particularmente para o futebol, promovendo-o pelo mundo inteiro duma forma que o infeliz senhor Blatter jamais poderá alcançar". A deliberação conclui que "a História encarregar-se-á de fazer perdurar o nome de Ronaldo pelo tempo fora e apagará da memória dos homens aqueles cujo desempenho envergonha o mundo do desporto e do futebol em especial".

Cristiano Ronaldo nasceu na Madeira a 5 de Fevereiro de 1985, tendo deixado a ilha com 11 anos para ingressar na academia do Sporting, depois de ter passado pelas escolas de formação dos clubes madeirenses Andorinha e Nacional. Em 2009 escolheu a sua terra natal para receber a Bota de Ouro, numa homenagem ao pai e aos seus conterrâneos.

Antes já o governo português, através do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, expressou o “total repúdio” pela “triste figura” do presidente da FIFA, Joseph Blatter, nas declarações sobre o futebolista Cristiano Ronaldo.

“Todos podemos ter momentos infelizes em que nos sai uma palavra, uma frase ou um comentário que mais tarde, com outra ponderação, gostávamos de não ter dito. A pantomima que o senhor Blatter encenou sobre o Cristiano Ronaldo não foi um momento desses, foi uma triste figura”, acrescentou.