Joana Vasconcelos apurou-se neste sábado para a final de K1 200m dos Mundiais de Duisburgo, enquanto Hélder Silva vai competir na regata decisiva em C1 200m.

A atleta do Benfica concluiu a complicada meia-final em terceiro lugar, com 40,991 segundos, a 951 milésimos da neozelandesa Lisa Carrington, campeã olímpica em título.

“Sinto-me orgulhosa por conseguir ir à final, a minha primeira em K1 sénior. Estou muito feliz, é um sonho realizado. Agora vou sem pressão para a final, onde vou dar o meu melhor”, disse.

Entre outras atletas habituadas a finais de Mundiais, Vasconcelos superiorizou-se à canadiana Michelle Russel, que há semanas a impediu de chegar ao título mundial sub-23: “Ganhou-me no Canadá, mas agora vinguei-me no Mundial sénior. Agora quero lutar pelo melhor resultado para mim e dar alegrias aos portugueses”.

“A prova correu-me muito bem. Consegui o terceiro lugar com concentração ao máximo, fiz boa largada e consegui gerir a prova do princípio ao fim. Aguentei-me bem ao lado delas, atletas de top”, conta.

Joana Vasconcelos apenas por uma vez tinha feito K1 em Mundiais, em 2009, ainda em idade júnior, no Canadá e nos mesmos 200 metros, em que terminou no 14.º lugar final.

Portugal começa a ganhar tradição de bons desempenhos nos 200 metros, uma vez que Teresa Portela (ausente dos Mundiais, incompatibilizada com a equipa técnica) foi bronze nos Europeus de 2011 e 2012 e o K4 Helena Rodrigues/Teresa Portela/Joana Sousa/Beatriz Gomes foi bronze Mundial em 2009.

Quanto a Hélder Silva, também se apurou para a final, no seu caso de C1 200 metros.

O canoísta do CN Prado não era favorito a entrar nos dois primeiros lugares, mas apenas perdeu para o russo Ivan Shtyl, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Londres 2012, entrando na final com o sétimo tempo.

“A prova correu muito bem. Foi quase perfeita. Larguei bem, vim muito tempo à frente, aguentei até ao fim, fiquei segundo. Corrigimos erros relativamente a véspera. Na final, vou tentar andar o mais a frente possível”, disse.

O canoísta de 26 anos promete atacar na regata das medalhas: “Na final vale tudo. Não há que ter medo. É fazer o melhor. Largar bem como hoje e tentar aguentar até ao fim com eles. A táctica? Arrancar bem e chegar a ‘morrer’, como sempre”.

Hélder Silva acumula o alto rendimento com a Guarda Nacional Republicana, sendo que os horários rotativos nas forças da ordem têm condicionado o seu desempenho, tendo confessado que já foi treinar “muitas vezes sem dormir”.

Ainda neste sábado, David Fernandes disputa a final C de K1 1.000m.

O momento mais aguardado para os portugueses no programa deste sábado é a final dos olímpicos K1 1.000 com a dupla Emanuel Silva/João Ribeiro, marcada para as 14h46 (horas de Lisboa).