Onze casas destruídas pelas chamas no Funchal

Chamas que lavram há três dias destruíram habitações e cerca de 20 hectares do Parque Ecológico do Funchal.

Vinte casas foram atingidas pelos incêndios que lavram na zona do Monte, no concelho do Funchal, desde sexta-feira. Onde das habitações ficaram totalmente destruídas, segundo o balanço mais recente vançado pelo presidente da Câmara do Funchal.

“No Monte, sobretudo nas zonas Tílias, Lombos e Lajinhas, temos onze casas totalmente destruídas e nove casas com danos parciais”, revelou Miguel Albuquerque, numa conferência de imprensa, no quartel dos Bombeiros Municipais do Funchal, perto das 12h.

O autarca adiantou existirem, “como é habitual nestas situações, árvores caídas ou em risco de queda”, cujo abate está a ocorrer, e “um conjunto de infraestruturas danificadas”, estando em curso “limpezas” e “apoio total às populações afectadas””.

Miguel Albuquerque informou que foram realojadas 21 pessoas, “entre as quais três crianças”, sendo que 19 estão no Regimento de Guarnição n.º 3, do Exército, no Funchal, e duas em pensões.

“Os danos são elevados, onze casas destruídas, pessoas para realojar e, felizmente, não houve nenhuma pessoa ferida nem perda de vidas”, declarou, explicando que o processo de realojamento dos desalojados está a ser feito com a Segurança Social e a Investimentos Habitacionais da Madeira.

Segundo as contas da autarquia, até ao momento arderam 55 hectares no concelho, mas Miguel Albuquerque frisou que se “trata de uma estimativa” e ainda decorrem fogos, acrescentando que não existe uma estimativa dos prejuízos.

“Grande parte da zona afectada são das chamadas acácias e eucaliptos que são árvores que ao fim de um ano infelizmente têm um crescimento muito rápido, muitas delas em terrenos privados”, esclareceu.

No caso do Parque Ecológico do Funchal, onde arderam 2% de 1.012 hectares, “áreas que já estavam em reflorestação”, Miguel Albuquerque afiançou que vai continuar este trabalho.

Plano de emergência desactivado
O balanço de três dias de incêndio - o fogo teve início da madrugada de sexta-feira - segue-se ao anúncio de que o Plano Municipal de Emergência do Funchal foi desactivado. 

O plano de emergência foi desativado às 12h15. Segundo Miguel Albuquerque, a situação actual ao nível de incêndios é de “rescaldo”. “Não estão previstas, pelo menos, alterações climatéricas muito fortes nas próximas horas que levem a qualquer reacendimento”, acrescentou.

“Entendemos desactivar o Plano Municipal de Emergência a partir deste momento, uma vez que não se justifica”, disse o autarca, no final de uma reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil, no quartel dos Bombeiros Municipais.

Miguel Albuquerque adiantou que existem “três fogos activos ainda” que estão a ser combatidos pelos Bombeiros Municipais do Funchal, pelos Voluntários Madeirenses e pelo Exército no Lombo do Jamboeiro, na Barreira e no Vasco Gil.

“Nenhum deles põe em risco nenhuma habitação”, assegurou o autarca. “Estamos a efectuar as rondas de prevenção para evitar os reacendimentos no Monte, designadamente nas Babosas, Ribeira das Cales e Tornos, em toda a freguesia de Santo António e de São Roque”, acrescentou.

Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.

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