Passos nega compromisso com o FMI para privatizar CGD

Primeiro-ministro garante "transparência" quando tomar decisão sobre "operação" relativa ao banco público.

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Nuno Ferreira Santos

O primeiro-ministro assegurou esta sexta-feira não existir nenhum compromisso com o FMI para alienar a Caixa Geral de Depósitos (CGD). "Não há nenhum compromisso para privatizar a CGD", disse Passos Coelho, no debate parlamentar, em resposta ao líder do PS, António José Seguro.

 O secretário-geral socialista tinha questionado o primeiro-ministro sobre se era essa a intenção do Governo, já que o relatório do FMI divulgado ontem diz que o Governo se comprometeu a passar para a Parpública a participação total que detém da CGD.

"Qual é o compromisso concreto sobre a CGD com o FMI?", perguntou Seguro, lembrando que a Parpública é a instituição a partir da qual são realizadas as operações de privatização, total ou parcial, das empresas públicas.

"Já tivemos oportunidade de dizer: não ouse nem pense em privatizar a Caixa Geral de Depósitos", afirmou Seguro.

Passos Coelho disse que o Governo, quando tomar uma decisão sobre essa operação, "não deixará de o fazer com toda a transparência".

Segundo o relatório do FMI, a transferência da CGD para a Parpública seria uma forma de reduzir "em espécie" a dívida que o Estado tem para com a holding que gere as suas participações empresariais.
 
 
 

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