Benfica-Sporting deverá gerar cerca de 14,5 milhões de euros de receitas

Estudo do IPAM aponta para um forte impacto económico do jogo grande da 26.ª jornada do campeonato.

Foto
Francisco Leong/AFP

Para além do impacto desportivo que o Benfica-Sporting de domingo terá nas contas do campeonato, há que ter em conta o impacto económico do jogo. O IPAM – The Marketing School fez as contas e concluiu que o derby irá gerar cerca de 14,5 milhões de euros, entre receitas directas e indirectas.

O estudo, coordenado pelo docente Daniel Sá, soma as verbas gastas com restauração, viagens, bilheteira, publicidade, segurança, merchandising e direitos televisivos para chegar aos 14,5 milhões de euros.

De resto, a maior fatia deste valor advém dos consumos realizados fora do perímetro do Estádio da Luz, durante os 90 minutos de jogo. Entre cervejas e snacks, a ver o jogo em casa ou num espaço público, estima-se que os cerca de quatro milhões de telespectadores gastem 6,9 milhões de euros.

Em receitas directas, o estudo aponta para 2,3 milhões de euros, 15 por cento do valor global. Nesta categoria, são contabilizados os proveitos relacionados com a organização da partida, sendo as receitas de bilheteira (65 mil espectadores, equivalente a um milhão de euros), os direitos televisivos (800 mil euros) e os gastos com a restauração no interior do Estádio da Luz (300 mil euros), pela referida ordem, os factores que mais devem contribuir para este bolo.

Um quarto do impacto económico total (3,9 milhões de euros) deverá advir do consumo na restauração. Para este valor, muito contribuirá o facto de o desafio não ser transmitido em canal aberto, levando muitos adeptos até cafés e restaurantes.

Ainda assim, os 14,5 milhões de euros estimados ficam aquém dos 20 milhões calculados para o Benfica-FC Porto de Dezembro de 2009, data do último estudo do género aplicado à Liga portuguesa.

Daniel Sá explica os motivos da discrepância: “O estudo agora levado a cabo tem em consideração a realidade social e económica do país, nomeadamente o factor relacionado com o poder de compra da população e é a isso que se deve a quebra das receitas indirectas”.
 
 
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar