Jesualdo e a venda de Insúa: "Temos que reduzir custos, mas não resultados"

O técnico não quer a saída de Van Wolfswinkel, mas admite a saída do avançado holandês.

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"“No final da época, espero estar vivo e bem vivo" Miguel Manso

O treinador do Sporting, Jesualdo Ferreira, afirmou neste sábado que o clube deve valorizar mais a sua marca e os futebolistas que colocou no mercado internacional, lembrando os casos de Cristiano Ronaldo e Nani.

“A marca dos clubes, na relação com a qualidade dos jogadores que adquire e coloca no mercado internacional, é importante. O Sporting é mais vendedor que comprador e o Insúa já não é jogador do Sporting, mas vai representar a marca Sporting. Quando se fala do Cristiano Ronaldo e do Nani, explora-se pouco de onde eles vieram”, disse, em conferência de imprensa.

O técnico defendeu que a marca do Sporting, ao nível dos jogadores que produz, “tem que ser diferente e isso é uma estratégia do próprio clube”.

“O clube tem que reforçar a sua marca. Têm que ser jogadores que o Sporting meteu no mercado internacional a atestar, depois, a sua qualidade, porque, assim, os próximos saem por valores mais altos e o aliciar jogadores para o clube é diferente se a marca for forte”, explicou.

Jesualdo Ferreira falou também da saída de Emiliano Insúa para o Atlético de Madrid, afirmando que foi uma proposta importante para os objectivos financeiros do Sporting.

“Temos que reduzir custos, mas não resultados, e para isto temos que ter um grupo mais equilibrado, ambicioso e com muito mais trabalho. Com a perca de objectivos, o Sporting foi tento mais dificuldades financeiras e foi preciso ajustar e emagrecer”, defendeu.

O treinador realçou o facto de o clube ter contratado um lateral esquerdo, no caso Joãozinho, ao Beira-mar, assim que se perspectivou a saída de Insúa.

“Penso que este Joãozinho, que até tem nome de jogador, é uma boa aposta. No dia que vendemos o Insúa contratámos um jogador, o que mostra que há trabalho feito”, referiu.

Sobre uma possível saída do avançado holandês Wolfswinkel, Jesualdo Ferreira lembrou que o mercado de transferências está aberto e que existem jogadores no clube com mercado.

“O trabalho que fazemos é que, se houver uma saída, consigamos repor com qualidade, pois quem tem dinheiro tem vantagem. Se acontecer uma saída do Ricky, que tem mercado, o Sporting vai ter que, seguramente, ir buscar um jogador à altura para entrar, mas não estou interessado que o Ricky saia”, observou.

O técnico do Sporting comentou ainda as palavras de Bruno de Carvalho, candidato derrotado nas últimas eleições do clube, afirmando que sabe o tem que fazer e que não precisa que nenhum associado lhe diga.

“Não preciso que nenhum associado me diga o que tenho que fazer. Sei que tenho que treinar e é isso que faço, mas também ninguém me diz a mim que tenho que deixar de pensar. São recados que eu ouço, mas não era preciso”, disse, em conferência de imprensa.

A resposta do técnico do Sporting surgiu depois de questionado sobre as palavras de Bruno de Carvalho, candidato à presidência derrotado nas últimas eleições do clube, que disse que “treinador é para treinar e dirigente é para dirigir”.
“Sei bem o meu papel e a minha função, por isso não preciso que me digam o caminho que tenho que seguir”, referiu Jesualdo Ferreira.

Sobre o seu futuro no clube, não quis revelar se pretende continuar como técnico da equipa principal na próxima época. “No final da época, espero estar vivo e bem vivo. É uma situação que nem sequer equaciono. Tenho um contrato com o Sporting que tem algumas condicionantes, que não vou dizer quais são. Fiquem com a dúvida, mas não é nada de especial. A única coisa que quero é tentar pôr a equipa no lugar que ela merece”, concluiu.
 

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