Direcção do Sporting contesta decisão da mesa da assembleia geral

Em causa está a luz verde dada à realização de uma reunião que visa a destituição dos órgãos directivos do clube de Alvalade.

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Godinho Lopes critica a assembleia geral do clube Daniel Rocha

O conselho directivo do Sporting diz que o comunicado divulgado nesta terça-feira pela mesa da assembleia-geral do clube “viola claramente o que está estatutariamente definido” para a convocatória de uma reunião magna extraordinária.

A direcção dos “leões” denuncia “uma posição parcial, não isenta, na linha de outras publicamente assumidas por membros da mesa da assembleia-geral (MAG), inquestionavelmente colados a um ex-candidato”, acrescentando que este órgão social “deve ter independência e equidistância para com todos os sócios do Sporting Clube de Portugal”.

“De todos os pressupostos exigíveis para a marcação de uma assembleia geral com estas características não há um só que se verifique: justa causa, pagamento do custo integral da sua realização e verificação de toda a documentação. Esta violação dos estatutos e da lei não deixará de merecer a resposta adequada”, afirma a direcção do clube.

O conselho diretivo refere que “os valores de transparência, isenção, imparcialidade, independência, solidariedade institucional, que deveriam ser apanágio da mesa da assembleia geral são mais uma vez colocados em causa”, denunciando ainda que este órgão do clube se mostra “indiferente ao actual momento próprio para transferência de jogadores, a uma necessária, histórica e decisiva reestruturação financeira do clube e da Sporting SAD, a uma campanha de sócios e recuperação da equipa principal de futebol sob o comando do prof. Jesualdo Ferreira”.

“Esta indiferença da MAG chega ao ponto de, desde que a equipa está a ganhar, ter faltado a todos os jogos, numa clara manifestação de alheamento e incómodo face à evidente recuperação da equipa”, sublinhou o conselho directivo no mesmo comunicado, acrescentando que “solicitou, com carácter de urgência, ao conselho fiscal e disciplinar um parecer sobre os factos em apreço, aguardando serenamente a sua divulgação”.

“O conselho diretivo do Sporting Clube de Portugal tem como dever zelar e proteger o clube, seja de quem for. E garante a todos os sócios e adeptos que, com elevado sentido de responsabilidade, continuará a assegurar a estabilidade e o regular governo e funcionamento do clube em todas as suas vertentes”, pode ler-se ainda na mesma nota, que termina com um apelo a “todos os sócios, adeptos, funcionários e atletas do Sporting Clube de Portugal” mantenham a serenidade que se impõe e continuem a apoiar as equipas do clube.

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