Hospital de Santa Maria tem “dificuldades financeiras” mas garante medicamentos

A média de intervalo de dispensa dos medicamentos é de um mês, segundo o presidente do Centro Hospitalar Lisboa/Norte, ao qual pertence o hospital.

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Hospital de Santa Maria faz neste sábado 58 anos Daniel Rocha/Arquivo

O presidente do Centro Hospitalar Lisboa/Norte, João Correia da Cunha, disse neste sábado que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem “sérias dificuldades financeiras”, mas garantiu que está assegurada a dispensa de medicamentos e os cuidados médicos aos utentes.

“As dificuldades financeiras são sérias e têm que ser tidas em linha de conta. São preocupação nossa, como são preocupação do Ministério da Saúde”, disse à Lusa o presidente do Centro Hospitalar Lisboa/Norte, que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente.

Correia da Cunha adiantou que o Hospital de Santa Maria, que celebra neste sábado 58 anos, “garante, neste momento, a dispensa de medicamentos” aos utentes.

“Houve um curto período, há umas semanas atrás, em que tivemos que encurtar o intervalo de dispensa. Alguns doentes, sobretudo os de maior proximidade do hospital, tinham que ir ao hospital para levantar os medicamentos com menores intervalos”, afirmou o responsável, à margem da cerimónia do 10.º aniversário da campanha “10 milhões de estrelas – um gesto pela paz” da Caritas Diocesana de Lisboa.

Correia da Cunha sublinhou que foi possível, através do esclarecimento da situação da disponibilidade financeira do hospital, estabelecer o modelo anterior e a média de intervalo de dispensa dos medicamentos é actualmente de um mês. “Todos os medicamentos que temos que dispensar são dispensados”, garantiu.

O mesmo responsável assegurou também que não há qualquer limitação relativamente aos cuidados médicos. No entanto, sublinhou que o Hospital de Santa Maria está com dificuldade de contratação para renovação de efectivos, como todos os grandes hospitais.

“Todos os anos saem pessoas, como estamos num regime de contenção, não tem sido possível renovar e, em algumas áreas de especialidade, estamos com dificuldades em renovar. Isso pode conjunturalmente e, num caso ou outro, levar a que a capacidade de prestação de cuidados não seja a mesma da antecedente”, acrescentou.

Correia da Cunha destacou ainda que a lista de espera de cirurgia diminuiu este ano em relação a 2011, enquanto o tempo médio de espera registou um ligeiro aumento.

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