Tantas vitórias têm os mil jogos de Pinto da Costa no campeonato

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Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP

“Dragões” estiveram a perder, mas Varela e Jackson Martínez contribuíram de forma decisiva para a 724.ª vitória do longo consulado do presidente portista. O Estoril caiu a pique na segunda parte.

Começou tudo precisamente no Estoril, há 30 anos e meio. Mil jogos no campeonato depois, Jorge Nuno Pinto da Costa voltou à casa de partida para assistir à 724.ª vitória do “seu” FC Porto na principal competição portuguesa. Um triunfo (1-2) que contribuiu com mais dois golos para uma contabilidade que já soma 2069. Tal como em Abril de 1982, foi um jogo complicado para os portistas, mas desta vez, a equipa voltou para casa com todos os pontos em disputa.

Depois de 57 minutos atribulados, 47 dos quais em desvantagem no marcador, o FC Porto deu a volta ao resultado em apenas três minutos. O sucesso saiu, mais uma vez, do talento de Jackson Martínez, que assistiu o primeiro golo de Varela e marcou, ele próprio, o segundo, aos 60’, garantindo a manutenção do primeiro lugar do campeonato, em igualdade pontual com o Benfica.

Na Amoreira, o Estoril começou por mostrar que tem particular apetência para defrontar equipas grandes, que assumam a iniciativa do jogo, possibilitando-lhe explorar rápidas transições atacantes. Foi este, em parte, o segredo para o empate a duas bolas em Alvalade, há duas jornadas. Apesar de tudo, foi com um lance de bola parada que começou por surpreender os “dragões”.

Logo aos 10’, na cobrança de um canto no lado esquerdo do ataque estorilista, Licá desviou para o poste esquerdo da baliza de Helton e a bola foi devolvida para Steven Vitória. O defesa central não se fez rogado.

Um golo contra a corrente da partida, mas demonstrando que os ferros da baliza iriam ter grande protagonismo no encontro. Logo ao segundo minuto, um cruzamento directo de Varela acertou na barra e, aos 23’, também Otamendi teve excesso de pontaria, atirando ao poste direito da baliza de Vagner. Estas foram, de resto, as únicas grandes oportunidades dos visitantes na primeira metade.

Pouco para os campeões nacionais, que apostaram na mesma equipa que, durante a semana, venceu o Dínamo de Kiev, no Dragão (3-2), na fase de grupos da Liga dos Campeões. E os danos poderiam ter sido piores se, à passagem da meia hora, Licá não tem desperdiçado um grande cruzamento de Carlitos.

O FC Porto regressou para a segunda metade sem alterações, mas com uma nova atitude. Aumentou a pressão, reduzindo cada vez mais o espaço do Estoril e, aos 57’, Varela empatou. Pouco depois, Jackson traduziu mais fielmente o domínio dos visitantes. Dois golos de cabeça que resultaram na sétima vitória consecutiva dos “dragões” na Amoreira.

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