Um dos feridos na barragem de Foz Tua permanece internado

O mais grave dos cinco feridos do acidente de quarta-feira na barragem de Foz Tua permanece internado no Hospital de Vila Real “clinicamente bem”, mas deverá ficar sob vigilância médica “alguns dias”, disse fonte hospitalar.

O doente “está estabilizado e a evoluir favoravelmente” e o seu quadro clínico, um traumatizado toráxico, deverá obrigar a um internamento de alguns dias para acompanhamento da evolução clínica, segundo disse Francisco Esteves, director clínico do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, que integra a unidade hospitalar de Vila Real.

O responsável referiu que se “trata de um internamento convencional”, sem necessidade de cuidados intensivos, e que o doente “está clinicamente bem”.

O director clínico disse ainda que este é o único dos cinco feridos que continua internado. Todos foram transferidos e assistidos no hospital de Vila Real, mas quatro tiveram alta ainda quarta-feira.

Os trabalhadores, com idades entre os 26 e os 39 anos e naturais de Esposende, Marco de Canavezes e Braga (de origem moldava), foram atingidos pela projecção de fragmentos de rocha durante um rebentamento para a execução do desvio provisório de uma estrada.

Segundo a EDP, a dona da obra, o “desmonte de rocha” estava a ser efectuado na margem direita do rio Tua, Distrito de Vila Real, e os fragmentos de rocha atingiram os cinco trabalhadores que se encontravam a montar cofragens na outra margem, a esquerda, Distrito de Bragança.

O rio faz a fronteira entre os dois distritos transmontanos naquele local, concretamente dos concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães, onde está a ser construído o paredão da barragem do Tua, junto à foz com o rio Douro.

O acidente foi o segundo em menos de 15 dias, depois de a 26 de Janeiro três trabalhadores terem morrido soterrados na derrocada de uma formação rochosa.

A Autoridade para as Condições do Trabalho está a investigar ambos os acidentes.

A obra, em curso há menos de um ano, já tinha registado três feridos na queda de uma plataforma, em Agosto de 2011.

Sugerir correcção
Comentar