Académica apresentou o "muito honrado" José Guilherme

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A Académica apresentou o novo treinador Paulo Ricca (arquivo)

José Guilherme, o sucessor de Jorge Costa, manifestou “orgulho” por ter sido escolhido para ser treinador da Académica e prometeu muito trabalho e ambição ao serviço do histórico clube da Liga portuguesa de futebol.

“É um clube histórico, com grande tradição, com grandes valores, e por isso é um prazer muito grande estar aqui. Ao longo dos anos fizeram-se aqui homens. Entraram jogadores e saíram doutores”, disse na conferência de imprensa de apresentação.

O técnico afirmou estar “muito honrado” por ter convidado para seu adjunto o ex-jogador da Briosa José Alberto Costa, “um homem com história na Académica”, com o qual pretende “transmitir aos jogadores os valores” do clube, nomeadamente “trabalho e ambição”.

“Foi tudo muito rápido. Em termos de carreira, pensava que iria começar a treinar no próximo ano. Aconteceu de um momento para o outro. É um desafio aliciante e fantástico. Vamos trabalhar todos os dias para que a Académica entre em cada jogo para vencer, independentemente do adversário”, assegurou.

Garantiu apenas “ambição, trabalho e dedicação máxima” para que “a qualidade do jogo” permita à equipa “entrar com espírito de vitória em todos os jogos”, apontando o objectivo imediato de recuperar a moral dos jogadores após as goleadas sofridas com o Marítimo (5-1 em casa) e Braga (5-0 fora).

“A Académica teve um início fantástico, teve dois desaires que são passageiros e vamos lutar para que isso se consiga ultrapassar”, assegurou. José Guilherme revelou ter conversado com os dois últimos técnicos do clube, André Villas-Boas e Jorge Costa, tendo até transmitido uma mensagem para os adeptos do seu antecessor, que se demitiu na semana passada.

“Tivemos uma conversa e só me disse coisas fantásticas, o que me motivou ainda mais para fazer o meu trabalho com o máximo empenho. André Villas-Boas disse-me coisas fantásticas. Sócios fantásticos, directores fantásticos, cidade fantástica. Coimbra marca quem passa por cá e vai-me marcar a mim também”, referiu.

Com uma carreira no futebol jovem no FC Porto, José Guilherme afirmou que irá acompanhar de perto o trabalho do departamento de formação da Académica e apresentar algumas propostas, porque “quando se contratam treinadores, contratam-se ideias”.

“Tenho uma sensibilidade grande para os jogadores da formação. Posso ter uma intervenção, apresentar propostas, ver jogos da formação, para ver as qualidades que os jovens têm e que a equipa sénior poderá aproveitar”, disse. Segundo José Guilherme, aos 45 anos é “o momento ideal” para ser técnico principal de uma equipa da Liga, depois de ter já tido uma experiência na selecção nacional, como adjunto de Carlos Queiroz.

“Quis solidificar a minha formação enquanto treinador e agora achei que era o momento indicado para dar uma volta à minha carreira e passar a ser treinador principal. Tive a sorte de vir para a Académica, um clube com estruturas fantásticas como poucos em Portugal e começo num patamar elevado”, referiu.

José Guilherme, que vai deixar temporariamente o ensino universitário no Porto, orienta hoje o seu primeiro treino, à frente de uma equipa técnica que, além de José Alberto Costa, inclui Virgílio Fernandes, Ricardo Chéu e Rui Correia, os quais transitam do elenco anterior.

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