Wikileaks divulga documentos do e-mail pessoal do director da CIA

Conta de John Brennan na AOL terá sido atacada por um grupo de hackers na segunda-feira.

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John Brennan foi desde o início o principal conselheiro de contra-terrorismo de Obama Yuri Gripas/REUTERS

A Wikileaks divulgou documentos que diz serem provenientes da conta pessoal de correio electrónico do director da CIA, John Brennan. São datados de 2007 a 2009, antes de ter assumido a direcção da agência de espionagem norte-americana, mas abrangem o período em que aconselhava Barack Obama sobre segurança nacional, o Irão e a posição a tomar sobre as interrogações em que os EUA torturaram suspeitos de terrorismo.

Foi uma conta na AOL que foi atacada, por um grupo de hackers que diz chamar-se CWA (Crackas With Attitude), explica o diário britânico The Guardian. Os hackers divulgaram capturas de ecrã com números de segurança social, números de telefone e endereços de e-mail, através de contas no Twitter desde segunda-feira, que entretanto foram apagadas ou suspensas.

Entre os documentos divulgados até agora pela Wikileaks estão um curto relatório de 2009 sobre o Irão, com recomendações para encetar um novo caminho de relações mais pacificadas — que na verdade já foi publicado numa revista de estudos políticos, notou, no Twitter, o analista Micah Zenko, do instituto Council on Foreign Relations.

Brennan, que era espião — tinha sido o chefe de delegação da CIA em Riad, na Arábia Saudita —, foi durante anos o principal conselheiro de contra-terrorismo de Barack Obama, até ser nomeado director da CIA em 2013. Nos documentos do Wikileaks encontra-se outros dois documentos, de 2008, o ano em que foi eleito Obama, que falam sobre a tortura, nomeadamente uma cópia da lei apresentada ao Senado.

Há também documentos pessoais, em especial um de 48 páginas que Brennan preencheu em 2008, com muitas informações pessoais, durante o processo de verificação dos seus antecedentes para poder ser autorizado a aceder a informações consideradas sensíveis.

 

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