Trump pede cancelamento do novo Air Force One

Presidente eleito considera "ridículo" gastar mais de 4000 milhões num novo Boeing 747.

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Air Force One actual será substituído por um novo 747-8 Reuters/CARLOS BARRIA

Para Donald Trump, renovar a frota de aviões ao serviço da Presidência norte-americana não é uma prioridade. "A Boeing está a construir um 747 Air Force One para futuros presidentes, mas os custos estão fora de controlo, mais de 4000 milhões de dólares. Cancelem a encomenda", diz o Presidente eleito dos EUA.

Depois deste texto no Twitter, Trump falou do mesmo tema com jornalistas, segundo a Reuters, em Nova Iorque. "O avião está fora de controlo. Penso que é ridículo, que a Boeing estará a abusar, a prejudicar" o governo americano.´"Queremos que a Boeing consiga muitas receitas, mas não tantas", acrescentou Trump, cuja equipa de apoio viria mais tarde esclarecer que Trump não detém acções da construtora de aviões, depois de as ter vendido todas em Junho.

A Força Aérea anunciou, em Janeiro de 2015, o novo avião, um 747-8, um aparelho com 73 metros de comprimento e 68 metros de envergadura entre asas. Este avião substituirá os dois que servem a Presidência. Desde 1943 que os Presidentes dos EUA são servidos pela Boeing.

Horas depois, a equipa de Donald Trump veio a público declarar a jornalistas que os comentários do Presidente eleito, que deve tomar posse a 20 de Janeiro, reflecte a atenção do Presidente eleito em poupar dinheiro dos contribuintes. Segundo a Reuters, a mesma fonte, não identificada pela agência, afirma que haverá mais detalhes sobre essas poupanças depois da tomada de posse.

A Boeing, por seu lado, diz que o único contrato existente actualmente com o governo federal é um no valor de 170 milhões de dólares, para "determinar as especificações" da nova aeronave ao serviço da Presidência. "Aguardamos com entusiasmo a oportunidade de trabalhar com a Força Aérea para entregarmos o melhor avião possível ao Presidente, pelo melhor valor para os contribuintes americanos", afirma o porta-voz do fabricante, Todd Blecher, citado pela Reuters.

No Orçamento feredal consta uma parcela de 2870 milhões de dólares, para pagar, até 2021, o  programa de substituição de aviões.  

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