Sobe para 30 o número de mortos em deslizamento de terras na Guatemala

"Sinto que perdi as pessoas que amo porque todos os meus vizinhos morreram", descreve uma das sobreviventes do acidente, que ocorreu nos arredores da capital.

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As equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes entre os escombros das habitações Josue Decavele/Reuters
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As equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes entre os escombros das habitações JOHAN ORDONEZ/AFP

Um deslizamento de terras nos arredores da Cidade da Guatemala fez pelo menos 30 mortos, havendo ainda a registar 600 desaparecidos.

Este é o mais recente balanço dos efeitos do deslizamento de terras que ocorreu na quinta-feira à noite, na sequência de chuvas intensas, e que provocou a destruição de mais de uma centena de casas na localidade de Santa Catarina Pinula, a poucos quilómetros da capital da Guatemala.  

“Temos 29 cadáveres identificados, e um ainda por identificar”, disse Sergio Cabanas, responsável da coordenação nacional da luta contra as catástrofes naturais, sitado pela agência AFP. Um anterior balanço dava conta da existência de quatro mortos e cerca de uma centena de desaparecidos.

Entre as vítimas mortais há pelo menos três crianças. Segundo as autoridades, 34 pessoas já foram encontradas sem ferimentos, tendo sido regatadas outras 25 pessoas com ferimentos.  

No local, as equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes entre os escombros das habitações, com o auxílio de polícias, soldados e residentes da área. O Governo já fez saber que está a montar um abrigo para as pessoas que ficaram desalojadas na sequência desta ocorrência.

“Sinto que perdi as pessoas que amo porque todos os meus vizinhos morreram”, diz a sobrevivente Melina Hidalgo, citada pela agência Reuters. A mulher de 35 anos conta que estava a lavar a roupa quando ouviu um forte barulho, após o qual as luzes se apagaram. Depois disso, conta que viu as casas dos vizinhos cobertas de terra e lama e pessoas a chorar enquanto procuravam por crianças.   

Marta Guitz, de 37 anos, encontrou a sua casa soterrada quando regressou do trabalho e desde então está à procura do seu filho de 17 anos. “O meu marido está lá agora, a revolver o chão à procura do nosso filho”, descreveu emocionada.  

Este ano, oito pessoas já tinham perdido a vida noutros incidentes registados na Guatemala durante a estação das chuvas, que se prolonga entre Maio e Novembro. Em 2014, ano em que mais de nove mil habitações foram afectadas, o número de vítimas mortais registadas foi de 29.

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