Mar Musa: Um fim-de-semana com os novos padres do deserto

No deserto sírio, um jesuíta italiano criou uma comunidade num velho mosteiro do século VI. Faz a ponte com o islão, tem monges e monjas e três princípios: vida espiritual, trabalho manual e hospitalidade. Gente de todo o mundo chega para um almoço, uma noite, ou muitas. É um mosteiro vivo.

Em Damasco circulam carrinhas amolgadas a que toda gente chama services. É uma rede colectiva alternativa. O service não tem hora e parte quando está cheio. Na cidade cada passageiro paga 10 libras (15 cêntimos), uma hora de distância fica por 65 libras (um euro). É esse o preço até Al Nabk, uma aldeia a norte.

E quando alguém de Al Nabk vê um forasteiro sair do service, já sabe o que ele vai perguntar.

- Táxi Mar Musa?

Porque a partir daqui não há aldeias nem services. É o deserto, um deserto de pedras e montanhas com grutas onde nos primeiros séculos do cristianismo se acolheram eremitas, anacoretas, futuros santos - aqueles que até hoje são conhecidos como "padres do deserto".

S. Moisés, o Abissínio, foi um deles. Nasceu príncipe, filho de um rei etíope, no século VI, mas deixou tudo por uma vida errante. Percorreu os desertos do Egipto, da Palestina e da Síria, até ser morto por soldados bizantinos. Quer a lenda que, quando a família recolheu o corpo, o polegar direito se separou da mão para que os crentes ficassem com uma relíquia. E um mosteiro foi erguido com o nome do milagroso, Deir Mar Musa al Habashi, o Mosteiro de S. Moisés, o Abissínio. (Não confundir com S. Moisés, o Etíope, do século III.)

Por uma inverosímil coincidência, o outro estrangeiro no service vindo de Damasco é um português, embora desertor, João Albergaria, 39 anos. Passou os últimos anos na Índia, e não sabe onde vai passar os próximos. Tem a cabeça rapada e uma filosofia dia por dia. Está há um mês na Síria. Talvez siga para Jerusalém. E trabalho?

- Fui professor de ioga. Se for preciso, posso voltar a ser.

O taxista de Al Nabk dorme, e com razão. O sol está a pino sobre a nossa cabeça e hoje é o primeiro dia do Ramadão, mês de jejum. Toda a Síria - todo o mundo islâmico - acordou às três da manhã para a refeição antes do amanhecer, e até às sete da tarde ninguém vai comer, beber ou fumar.

Mas 300 libras (4,5 euros) são um bom serviço e é esse o preço pelos 12 quilómetros até ao mosteiro.

O velho táxi arranca, com a estrada por conta dele. Céu transparente, uma daquelas paisagens áridas que parecem ser antes ou depois dos homens, até avistarmos uma espécie de fortaleza incrustrada no alto de uma montanha como se fosse o auge da própria montanha.

A estrada acaba aos pés desta visão.

A partir daqui é uma subida em degraus que a esta hora parece uma subida ao próprio sol, tal é o calor. Água. Cabeça coberta e água, até acabar a garrafa trazida de Damasco.

Mas a água de torneira não é boa na Síria. Quem não está imunizado tende a ficar doente.

- Há garrafas de água no mosteiro? Como é que eles fazem?

João pára um segundo.

- Não sei. Não penso nisso.

Também não cobre o crânio, e lá vai ligeiro. A ascensão de um iogui seguido de uma mortal.

Terraço sobre o abismo

É uma portinha tão baixa que temos de curvar o tronco, como na Basílica da Natividade e outras igrejas deste mundo cristão oriental. Recordação constante da pequenez humana.

A porta dá para uma parede. É preciso voltar à esquerda, e depois à direita, em S, até levantar a cabeça para a vastidão do terraço.

Porque como a face do mosteiro dá para o abismo, o tradicional pátio é um terraço. Em três dos seus lados tem portas e escadas. Mas ao fundo é o parapeito sobre o vale.

E por cima dessa parte foi erguida uma mezanine de madeira com tapetes e almofadas, coberta por um toldo de corda. Uma espécie de parente do diwan oriental, mas com a atmosfera lounge de um albergue de juventude - cabeças louras, peles escandinavas, um mulato elegante como um manequim, e as vozes em cânone, inglês, italiano, alemão, francês, holandês, árabe.

Tudo suspenso sobre a montanha, sem mosquitos nem calor, porque é alto e há sombra.

Parece irreal, como o cenário de um filme, mas é assim todo o ano, dirá Paolo dall'Oglio, o jesuíta que ressuscitou o mosteiro. Porque a hospitalidade é uma das três propostas de Mar Musa para uma nova ordem humana - vida espiritual, trabalho físico e hospitalidade.

Passa da uma da tarde.

Do parapeito, vê-se à esquerda o pequeno anexo onde dormem os monges, e à direita o grande anexo onde dormem as monjas, num outro pico, ainda mais alto. São construções novas mas não agressivas, todas em pedra ocre, aproveitando grutas. A ideia é que o mosteiro original fique para a vida comunitária e para os visitantes. Mas quem vem para estadias mais longas é convidado a ficar com os monges ou as monjas.

A coexistência de homens e mulheres em igualdade faz parte da filosofia de Mar Musa, mas isso só é possível com a separação firme na zona de dormir. O mosteiro não é autónomo, integra a Igreja Síria Católica. Enfrentou controvérsias e mal-entendidos, desde a comunidade católica local até Roma, e é um equilíbrio diário ser aceite como igual continuando fiel à diferença.

De tudo isto falará o padre Paolo quando chegar. Anda a visitar castelos com um grupo.

- Volta logo à noite - promete o irmão Jens, um suíço. Ele e Paolo são os únicos monges estrangeiros.

Um italiano, um suíço, cinco sírios e duas sírias. Eis a comunidade religiosa de Mar Musa.

Todos ao almoço

Um gato lambe as patas, enroscado à sombra. Há muitos bancos no terraço, uma mesa grande, duas pequenas e cadeiras de plástico. Dá para dez ou 100 almoçarem.

A loiça do pequeno-almoço seca ao sol, em alguidares. Um cesto cheio de pepinos e de tomates aguarda a sua hora. Uma síria sai da cozinha com uma caixa de 24 ovos cheia de cascas.

Por cima, na mezanine, uma nórdica morde uma maçã, dois ingleses jogam xadrez, uma rapariga lê. Ouve-se uma galinha cacarejar. Não há rede de telemóvel.

Um cabo sai do parapeito e percorre o vale. É o sistema de roldanas que os monges usam para subir coisas da horta. O mosteiro tem horta, galinhas e cabras. Faz parte do trabalho físico, que inclui vários deveres ambientais.

Os visitantes também participam. Não pagam para dormir nem comer, mas é esperado deles que cozinhem, lavem loiça, arrumem os quartos, e o que mais houver.

Já há demasiada gente na cozinha e a síria diz que não é preciso ajuda.

- Depois, para a loiça.

Entretanto, faz tocar o grande sino no terraço. Passa das duas.

Sai um panelão com guisado, um panelão com arroz, um balde de iogurte, um alguidar de uvas, outro de pratos, outro de copos e outro de colheres. Tudo é pousado em cima de bancos, e forma-se uma fila. Cada pessoa recolhe prato, colher e copo, recebe uma concha de arroz e uma concha de guisado, tira uma concha de iogurte e um cacho de uvas, e senta-se onde quiser.

Os dois portugueses ficam a um canto da mesa grande, em frente a uma argentina e a uma chilena. Várias pessoas têm garrafas de água, mas há jarras espalhadas pela mesa, portanto será de beber.

A argentina Celeste, que andou nos mesmos mosteiros budistas que João, narra as cinco vezes em que ficou doente por causa da água.

- É uma amiba muito má. Apanhei-a na Bolívia, na China, no Butão.

A boa notícia é que a amiba ainda não apareceu em Mar Musa.

Muita gente aqui está a passar férias, mas Celeste está em meditação, com um projecto a longo prazo.

- Quero fazer as mesmas perguntas a vários sábios em países de África.

Que perguntas?

- A origem da vida, o que é a morte, direitos das mulheres.

Depois vai fazer um livro com as respostas.

O guisado tem beringelas e tomates, e é bom. O arroz, o iogurte e as uvas também, e à nossa frente o céu, a 1320 metros de altitude.

Albert, um sírio gigante de Al Nabk, traz crepes de banana que ele próprio fez.

- Vivi aqui 12 anos e agora vivo no Kuwait, mas vim em visita.

Quem se ofereceu para a fase seguinte começa a levantar os pratos. A cozinha parece mesmo a velha cozinha enegrecida de um mosteiro, mas acanhada. À esquerda há três pequenos fogões de um bico. Depois uma grande banca onde se faz o pão, por baixo panelas, por cima panelas, bules de chá e cafeteiras. A seguir, dois lava-loiças de pedra, e à direita outra banca.

Felizmente, num dos lava-loiças já está Kirsten, uma geógrafa de Berlim que chegou há uma semana e sabe o que fazer. Porque há regras para lavar a loiça de 50 pessoas aqui.

- Tem de se poupar toda a água possível - explica ela.

Então, dentro de cada lava-loiça põe-se uma bacia de metal com água e sabão. Na banca da esquerda estão as pilhas sujas. Na banca da direita, duas bacias com água limpa, para passar duas vezes cada peça. Essa é toda a água que vamos gastar, incluindo panelas e alguidares. Nada de torneiras abertas. A propósito, uma das torneiras tem um filtro, e é daí que se tira a água de beber. Quem trouxe uma garrafa, vem enchê-la aqui.

Uma portuguesa e uma alemã nos lava-loiças. Nas bacias de água limpa, Claudie, uma francesa de Lyon que vive em Genebra. E no interminável cortejo da loiça suja, Joe, o tal mulato, engenheiro inglês a viver em Copenhaga.

Como Kirsten estudou dinamarquês, Mar Musa torna-se então o sítio onde uma alemã fala dinamarquês com um inglês durante a barrela da loiça.

Albert, o gigante sírio, aparece a espreitar.

- Não lavem a frigideira dos crepes. Ao jantar vou usá-la.

Quando o padre Paolo aqui chegou, nos anos 80, Mar Musa era uma ruína desabitada e ele teve de tirar vermes da água para cozinhar. Agora há água limpa, mas é preciso cuidar dela.

É assim que Paolo dall'Oglio tem defendido o seu projecto. Viver com a natureza deste mosteiro, não contra ela.

E isso significa ter os muçulmanos em volta como um bem.

A igreja dos frescos

Depois do almoço muita gente parte para Damasco. O irmão Jens fica no terraço a conversar com uma alemã. O gato dorme. A sombra avança sobre o vale. Um galo canta.

E junto à entrada há alguém a cantar.

É uma voz de rapariga, em russo. Vem de dentro da igreja. A porta está só encostada, basta empurrar. Entra-se de tronco curvado. E nada nos prepara para o que vamos ver, ao erguer a cabeça.

Todas as paredes e arcadas estão cobertas por frescos fantásticos. Adão e Eva, os patriarcas, apóstolos e santos, S. Jorge e o Dragão, leões, tentações, Cristo e a Virgem Maria. São frescos do século XI, XII, XIII, em cores vívidas, azuis, vermelhos, laranjas, com aqueles grande olhos oblíquos das imagens bizantinas a olharem directamente para nós, na semiobscuridade da igreja.

É uma igreja muito diferente das igrejas católicas ocidentais. Não há cadeiras nem bancos, mas sim tapetes orientais e almofadas. As pessoas deixam os sapatos à porta e sentam-se no chão. O tecto é de madeira, assente em barrotes. O altar fica à direita de quem entra. A luz vem por uma janela ao alto, como um raio.

Há arcas de madeira trabalhada, velas em castiçais, bíblias envoltas em prata pousadas no chão, e toda uma estante com bíblias correntes, em várias línguas.

E a rapariga russa, dobrada sobre uma guitarra, começa e recomeça a sua oração cantada.

Mas até à oração colectiva, ao fim da tarde, há tempo para ver todo o mosteiro. Os quartos das visitantes, que são camaratas todas de pedra, com beliches, camas e colchões no chão, embrulhados em lençóis às riscas, com o último quarto a terminar numa escada de mão sobre o abismo. A casa de banho, que é um engenho de espaço, com uma sanita turca e um minúsculo lavatório de canto. A sala de jantar, quando faz frio ou há pouca gente, com cadeiras de palha, ícones e desenhos deixados pelos visitantes. A copa, com velhos aparadores cheios de loiça e armários com comida. A biblioteca, que é vertical, descendo ao longo de vários pisos, com várias salas repletas de livros, uns bons milhares, em muitas línguas, filosofia, antropologia, psicanálise, política, literatura, além de teologia, e uma mezanine com computador, e uma grande mesa de leitura com candeeiros-lupa, sete janelas de onde se vê a montanha, duas clarabóias para o céu, e silêncio absoluto. Um rapaz e uma rapariga espalharam em cima da mesa um Salinger, um Tchekov e o último Ahmed Rashid.

Voltando ao terraço, há escadas que sobem a terraços nas traseiras, voltados para a montanha, onde há mais quartos. E uma escada que desce para um terraço onde se pode fumar, e continua até uma zona de lavandaria, com um duche para as mulheres. E daqui sai-se para a ponte de ferro que leva à outra montanha onde está o anexo das monjas.

A primeira vez que se atravessa é inquietante, porque a ponte range, e lá em baixo é muito longe. Depois, do outro lado, uma escadinha de pedra leva até ao anexo, com uma vista soberba sobre todo o vale, e o mosteiro original. Kirsten lê num cadeirão. Celeste medita de pernas à buda, metida numa espécie de reentrância na pedra. Ouvem-se pássaros - e dois cães magros que só querem comer qualquer coisa.

Velas e estrelas

De volta ao mosteiro, o irmão Jens, 47 anos, está a tentar ligar a Internet no escritório.

- Isto não é Internet, é Caracolnet - E ri-se.

Há 16 anos era carteiro em Zurique. Tinha inquietações espirituais. Passou pela new age, pelo aikido e pela Várzea de Sintra. Depois Escócia, Grécia, Chipre, Líbano, Jordânia. Uma longa história que não cabe aqui. Até que veio visitar o mosteiro. Voltou para ficar. Na noite de Páscoa de 1996 Paolo baptizou-o. Jens já sabia o que era a vida de todo o ano aqui.

- O Inverno pode ser bastante duro. Às vezes neva, fica frio muito tempo, chove, faz vento e só temos sol de manhã.

Também já conhecia a prova mais difícil.

- Temos muitos visitantes, e isso é muito interessante, mas ao fim de algum tempo é bastante pesado. A constante mudança de pessoas é muito exigente. Depois da euforia sentimo-nos esmagados. Se uma pessoa não recuperar disto, não será feliz aqui. Os visitantes são o grande teste.

É por isso que uma vez por semana cada monge tem um dia só para si, em retiro.

Jens fez os seus votos em 2000. E agora está a preparar-se teologicamente, entre Mar Musa e Roma, incluindo estudos islâmicos.

Os muçulmanos têm devoção por vários santos e lugares do cristianismo na Síria. As mulheres muçulmanas, por exemplo, vão à Virgem de Seidnaia, não muito longe daqui, pedir filhos, e muitos muçulmanos visitam Mar Musa.

O princípio de Paolo é que a coexistência entre cristãos, muçulmanos e judeus nesta parte do mundo é a melhor herança para lidar com a tensão contemporânea. Nesse sentido, Mar Musa é uma espécie de experiência viva.

Mas não consensual.

- Os cristãos foram a maioria na Síria e agora são dez por cento - lembra Jens. - É uma coisa difícil para a cristandade. E lidar com o islão como estamos a fazer é difícil para eles. A nossa comunidade nunca será muito grande.

O sol põe-se nas costas do mosteiro.

Às sete e meia, Jens conduz a oração-meditação na igreja. Tudo acontece à luz das velas, com todos aqueles olhos oblíquos de há mil anos a olharem para nós. Cheira a incenso e os monges cantam. Convidam os visitantes a pegarem numa bíblia na língua de cada um e acompanharem as leituras. Em Mar Musa, vai-se lendo de vários livros da Bíblia, por ordem cronológica, ao contrário do que acontece na missa católica. E depois Jens fala, em inglês e árabe. Estamos todos sentados no chão, em roda.

É a mais extraordinária das igrejas, no cimo de uma montanha, no deserto.

E quando saímos para o terraço, é o mais extraordinário dos céus, sem lua, sem nuvens, só milhões de estrelas muito brilhantes, como se estivessem mesmo aqui.

Hummus, azeitonas, pão, pepinos, chá, é o jantar. A loiça levanta-se, mas só se lava na manhã seguinte, é a regra. Paolo chega, enfim, com uma das monjas, Huda, e outros acompanhantes.

Há quem durma no terraço mais alto, com todas aquelas estrelas por cima, virando o colchão para onde o sol vai nascer.

Paolo do deserto

Às seis da manhã as montanhas parecem ouro. Quem dormiu cá fora, arruma colchões e lençóis. Vindo do anexo dos homens, o sírio namorado de uma holandesa já está pendurado no parapeito, à espera que ela acorde.

A missa das sete e meia atrasa. Mas quando começa os monges estão todos vestidos de branco, com Paolo a presidir. É uma longa missa, de novo com cânticos, leituras a várias vozes, incenso e velas, e partes conversadas.

- O Ramadão é um bom tempo para rezar pela e com a comunidade islâmica - diz Paolo.

A luz da manhã bate no chão, fazendo brilhar os frescos.

São quase dez quando saímos da igreja.

Paolo vai fritar ovos para o pequeno-almoço, para umas 20 pessoas.

E, quebrado o jejum, passamos o resto da manhã a conversar.

Italiano vindo das lutas de esquerda, filho de cristãos empenhados, tinha 30 anos quando entrou para os jesuítas. Estudou árabe e siríaco e esteve no Líbano durante a invasão israelita, a ajudar os libaneses. No fim dos anos 80 veio aqui. Tinha ouvido falar deste mosteiro.

- Estava tudo partido. Tive de forçar a porta. E depois quando entrei na igreja fiquei atónito. Era já de noite e não havia tecto. Vi aqueles frescos e um incrível tecto de estrelas.

Ficou para dormir. Comeu plantas, fez fogo, ferveu água.

- Sou um homem da montanha, um escuteiro. Fiquei dez dias. Vieram caçadores muçulmanos e ofereceram-me a comida deles. Percebi a relação dos muçulmanos com o mosteiro.

E percebeu que este era o lugar para os três votos: vida espiritual, trabalho manual e hospitalidade.

- A hospitalidade é realmente o nosso programa político. Só através dela pode ser conseguido um humanismo desenvolvido. Sem hospitalidade, a tentação do suicídio torna-se muito forte para mim, a vida torna-se insuportável. Porque estamos aqui? Pela hospitalidade. A prática do diálogo começa na curiosidade. Acreditar que o outro tem algo para oferecer.

E antes do almoço vai juntar lençóis usados, daqueles que vieram dormir por uma noite.

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