Entre 22h e as 23h deste domingo, foi detectado o derrame de uma quantidade de combustível no Terminal de Contentores, no porto de Sines, cuja origem “ainda não foi possível precisar”, adiantou o comandante da Policia Marítima de Sines, José Velho Gouveia.

Nos esclarecimentos que prestou ao PÚBLICO, José Gouveia afirmou que, embora a origem do derrame não esteja identificada, o combustível apareceu junto a dois navios que se reabasteciam no terminal XXI do porto de Sines. Porém, sublinhou que o derrame “não será consequência” desta operação.

Também não foi possível apurar, até ao final da tarde desta segunda-feira, quantas toneladas de combustível foram derramadas para o mar, mas José Gouveia garante que a situação está controlada e confinada ao interior das águas do porto. Logo que o problema foi detectado, a administração do porto de Sines colocou barreiras de contenção do combustível, assim como equipamento de recolha.

O comandante do porto de Sines esclareceu que, a partir do final do dia, vai começar a recolha do combustível, a limpeza da água contaminada e das rochas que tenham sido afectadas pelo derrame. Todo o terminal XXI está a ser isolado com barreiras “para evitar que o produto se espalhe” para o exterior da zona portuária, frisou.

José Velho Gouveia referiu que, entretanto, “já foram recolhidas amostras de água e dos tanques dos navios” e que oportunamente “serão ouvidos os comandantes e os engenheiros dos navios, do porta-contentores da MSC e de uma embarcação que o estava a abastecer de combustível  e, eventualmente, mais elementos da tripulação” para apurar responsabilidades.

Entretanto a Autoridade Marítima Nacional classificou a ocorrência de grau 4, considerado o mais baixo numa escala de 1 a 4, do Plano Mar Limpo. Este nível corresponde a uma situação normal de ausência de ocorrência de poluição ou de ocorrência de pequenos derrames de âmbito muito localizado.