Zona envolvente do Túnel da Ribeira, no Porto, ainda afectado por obras

A empreitada no túnel arrancou em Março e tinha conclusão marcada para Junho, mas trabalhos no exterior continuam a afectar o trânsito na zona

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Paulo Ricca

Os trabalhos de beneficiação do Túnel da Ribeira, lançados em Março, estão concluídos, mas o trânsito na zona ainda não está totalmente regularizado por causa de atrasos numa intervenção da empresa municipal Águas do Porto, que ainda decorre junto à entrada nascente da passagem coberta. A Câmara do Porto esperava que a zona estivesse livre de obras até meados de Junho.

Fonte da assessoria de imprensa da Câmara do Porto reconhece que os atrasos na intervenção das Águas do Porto “têm impacto” na circulação entre Porto e Gaia, apesar de, neste momento, os trabalhos só ocuparem uma pequena área já no exterior do túnel, junto à entrada mais próxima da Ponte Luís I. “A obra já devia estar pronta, mas houve atraso do fornecedor na entrega de uma conduta”, explicou a mesma fonte.

Em causa está uma empreitada da responsabilidade da empresa municipal Águas do Porto, que decorreu em simultâneo com os trabalhos de limpeza, pintura de paredes e repavimentação do túnel, mas que acabou por se prolongar, naquela zona, para lá do previsto. “Esta obra das Águas do Porto, de ligação de duas ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais], atravessou toda a marginal, quase sempre ao nível dos passeios. Mas, na zona em que interceptava o túnel tinha a sua expressão em termos de trânsito, já que ali tem de ser feita na via e não no passeio. Quisemos fazer coincidir a reabilitação do túnel com este trabalho das Águas do Porto e, a ter tudo corrido como o previsto, os impactos seriam coincidentes. Mesmo assim, minimizou-se muito [as consequências para o trânsito]”, defende a assessoria de imprensa da autarquia.

A empreitada de requalificação do Túnel da Ribeira, incluindo os trabalhos da Águas do Porto, foi lançada ainda pelo executivo de Rui Rio e chegou a estar prevista para o Verão, mas seria adiada depois de duras críticas do então presidente da Câmara de Gaia, Luis Filipe Menezes. Temia-se que a intervenção, projectada para a época alta do turismo, pudesse prejudicar gravemente os sectores ligados a esta área.

Com o aproximar das eleições autárquicas, que decorreram em Setembro, a obra acabaria por ser adiada e o seu custo reavaliado, tendo arrancado, finalmente, em Março deste ano, com um prazo de execução previsto de três meses. Já com Rui Moreira à frente da Câmara do Porto e Eduardo Vítor Rodrigues em Vila Nova de Gaia, os trabalhos foram precedidos de uma carta conjunta dos dois municípios, aos moradores das duas margens do rio Douro, dando conta dos constrangimentos que iriam enfrentar até “meados de Junho”. O valor orçamentado foi de 450 mil euros.

A Câmara do Porto diz que a intervenção das Águas do Porto vai continuar, até Setembro, pela marginal, em direcção ao Freixo, mas admite que depois de as obras abandonarem o troço entre a Ponte Luis I e o Túnel da Ribeira os constrangimentos à circulação diminuam. Depois das obras de que foi alvo, o túnel deverá ainda receber um painel em azulejo de Fernando Lanhas, que será colocado numa depressão existente sobre a entrada do lado nascente.

 

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