Tuk tuk vão deixar de poder circular à noite em Lisboa

Vai ser proibido circular depois das 21h e haverá ruas onde tuk tuk não entra.

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Sobretudo nas zonas históricas de Lisboa, todos os dias há um corropio de tuk tuk carregados de turistas Rui Gaudêncio

As restrições ao funcionamento dos tuk tuk que tinham sido anunciadas pelo presidente da Câmara de Lisboa em entrevista ao PÚBLICO vão avançar “ainda este mês”. São elas a impossibilidade de estes veículos circularem depois das 21h, a proibição de entrarem em determinadas zonas da cidade e a definição dos locais onde podem estacionar e parar para deixar entrar e sair os seus passageiros.

Fernando Medina falava esta terça-feira na Assembleia Municipal de Lisboa, onde tem sido repetidas vezes questionado sobre quando estará afinal concluído o há muito prometido regulamento municipal sobre os tuk tuk. O presidente da câmara fez saber que “parte importante das decisões” desse regulamento será objecto de um despacho e “ainda este mês entrará em vigor”.

Entre essas decisões está, como Fernando Medina tinha dito no passado mês de Julho em entrevista ao PÚBLICO, a limitação do horário de funcionamento daqueles veículos, que não poderão circular entre as 21h e as 9h da manhã. “É importante que o direito ao sossego seja assegurado”, justificou.

Além disso, os tuk tuk deixarão de poder circular em “algumas zonas da cidade”, que Fernando Medina não precisou quais são. Segundo a explicação que deu, estão em causa “ruas estreitas, com muita intensidade de utilização pedonal pelos residentes”. Além disso, e atendendo a que “a situação actual causa uma perturbação significativa”, a câmara irá limitar as zonas onde podem estacionar e aquelas em que podem parar para deixar entrar e sair os seus passageiros.

Como também já tinha sido dito pelo autarca, a partir de Janeiro de 2017 todos os tuk tuk que circulem em Lisboa terão que ser eléctricos. Uma imposição que Fernando Medina acredita que vai ao encontro daquela que é “a maior preocupação e a maior zona de conflito” entre quem explora estes veículos turísticos e os moradores de Lisboa: “o ruído e a poluição”.

“Os residentes têm direito a silêncio, a sossego”, defendeu, acrescentando que aquilo que a câmara pretende é encontrar “uma solução de equilíbrio, que não comprometa o investimento” feito pelos empresários que investiram na compra de tuk tuk.

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