Prejuízos do temporal nos Açores rondam os 35 milhões de euros

Valor estimado pelo Governo Regional inclui estragos em casas, estradas, culturas agrícolas e estabelecimentos comerciais.

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No Faial da Terra o temporal danificou quatro habitações Rui Soares

Os prejuízos causados pelo temporal que atingiu as ilhas Terceira e S. Miguel, nos Açores, e que provocou três mortos na quinta-feira passada, ascendem a cerca de 35 milhões de euros, revelou nesta terça-feira o Governo Regional.

Este valor inclui os estragos provocados em 41 habitações na freguesia de Porto Judeu, na ilha Terceira, onde uma pessoa ficou ferida e 30 ficaram desalojadas devido ao transbordo de uma ribeira.

O montante estimado incluiu ainda estragos em quatro habitações na freguesia do Faial da Terra, na ilha de São Miguel. Foi nesta freguesia, no lugar do Burguete, que morreram três pessoas, que estavam dentro das casas quando um deslizamento de terras as soterrou completamente.

O balanço dos prejuízos foi feito na segunda-feira à noite, numa reunião do executivo chefiado por Vasco Cordeiro, na cidade da Horta, na ilha do Faial.

Em comunicado divulgado na página de Internete do Governo Regional, lê-se que foram analisados também os estragos provocados em estradas, nomeadamente nas ilhas de S. Miguel, Terceira e Flores, as mais afectadas pela chuva forte que tem atingido o arquipélago nos últimos dias, particularmente na quinta-feira passada.

O balanço inclui também os danos causados em caminhos rurais, florestais e agrícolas, bem como os prejuízos registados nas culturas agrícolas e em estabelecimentos comerciais em todas as ilhas.

O Governo regional analisou também o "apoio já em curso prestado às famílias atingidas" pelo mau tempo em relação à habitação e à disponibilização de bens essenciais. Além do apoio aos desalojados, o executivo deu apoio à recuperação de habitações e à reposição de mobiliário e electrodomésticos.

Perigo continua
Por causa da chuva que continua a cair, "vai permanecer interdita" a zona onde ocorreu o deslizamento de terras, na quinta-feira, no lugar do Burguete, revelou o presidente da junta do Faial da Terra, Paulo Nazaré.

A derrocada nesta freguesia do concelho da Povoação, obrigou à saída de 13 famílias das suas habitações, sendo que quatro foram entretanto realojadas em casas arrendadas na freguesia e as restantes pernoitam com familiares.

Também as dez pessoas que estavam isoladas nesta segunda-feira na Ferraria, também na ilha de S. Miguel, devido a uma derrocada, já abandonaram o local, mas o acesso à zona está interdito por tempo indeterminado. O Faial da Terra, Água Retorta e a zona envolvente às Sete Cidades são os pontos de S. Miguel que apresentam maior risco de derrocadas.

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