A população de Afife, Carreço e Areosa, em Viana do Castelo, vai poder apresentar, em Junho, propostas para melhorar a utilização das zonas rurais das freguesias no âmbito de um plano de intervenção a realizar pela Câmara local.

Em causa está o Plano de Intervenção em Espaço Rural (PIER), destinado a actualizar o emparcelamento agrícola realizado nos anos 80 em cerca de 900 hectares de terrenos agrícolas daquelas freguesias do litoral do concelho.

A elaboração do Plano de Intervenção em Espaço Rural (PIER), aprovada por unanimidade em reunião ordinária da autarquia em Abril passado, deverá estar concluída dentro de um ano, num investimento de 160 mil euros.

Durante prazo de participação pública, que decorre entre 01 e 22 de Junho de 2015, de acordo com o aviso publicado nesta segunda-feira em Diário da República, a população daquelas freguesias poderá "formular as sugestões e apresentar as informações que possam ser consideradas no âmbito do procedimento aprovado".

Em declarações à Lusa aquando da aprovação daquela medida o presidente da Câmara sublinhou tratar-se de um instrumento que pretende valorizar uma área de "elevado potencial agrícola" que poderá vir a ser dinamizada com os fundos do Portugal 2020.

José Maria Costa adiantou na ocasião que a proposta técnica, a apresentar dentro de um ano terá o contributo de várias entidades, entre elas a Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Norte, as Juntas de Freguesias, Associação de Agricultores do Perímetro de Emparcelamento de Afife, Carreço e Areosa e Associação de Agricultores do Alto Minho.

Concluído o novo plano, que será "submetido à apreciação das estruturas competentes dos ministérios da Agricultura e Ambiente, será sujeito a consulta pública por um período de 30 dias.

Este PIER, que incluirá a elaboração de cartografia actualizada daquela área, tem como objectivos "melhorar as condições de produção agrícola, reduzir as áreas abandonadas e promover a integração de novos usos agrícolas, novas tecnologias e novas produções".

Aquele trabalho vai ainda permitir "melhorar a qualidade ambiental, ao nível da paisagem, da água, do solo e do ar".

"Estes instrumentos vão permitir manter os usos atuais e criar novos usos naquela importante área do concelho", sustentou o autarca, destacando a criação de trilhos, ecovias, zonas de estar, zonas de recreio e de interpretação da natureza.

"Além do grande valor paisagístico aquela área tem um elevado potencial ambiental, turístico e produtivo em termos agrícolas que pode ser concretizado com a construção de algumas estruturas edificadas", lê-se na proposta aprovada em Abril pelo executivo camarário.