Orçamento Participativo de Lisboa com número recorde de votos

Vencedores são anunciados na próxima quarta-feira.

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Na próxima quarta-feira serão revelados os projectos mais populares Pedro Cunha/Arquivo

O Orçamento Participativo de Lisboa teve nesta 6.ª edição uma votação recorde: este ano registaram-se 35.922 votos, dispersos por 208 propostas apresentadas pelos cidadãos. Os vencedores serão anunciados na quarta-feira.

A possibilidade de votar nos projectos por SMS gratuito, à semelhança do que já acontecia no Orçamento Participativo de Cascais, foi uma das novidades da edição de 2013. A vereadora da Inovação e Modernização Administrativa, Graça Fonseca, adiantou ao PÚBLICO que houve 24.805 votos registados desta forma. Os restantes 11.117 chegaram à Câmara de Lisboa através da Internet.  

“Correu bem esta experiência por SMS”, avalia a vereadora, que entende que faz sentido em edições futuras manter essa possibilidade, em conjugação com a da votação através do portal Lisboa Participa, no qual estão já registadas 55 mil pessoas.

A segunda novidade deste ano foi a instalação temporária no Príncipe Real de uma “árvore da participação”, na qual os cidadãos foram convidados a pendurar um desejo para a cidade. “Procuramos todos os anos ter alguma novidade”, explica a vereadora da Inovação e Modernização Administrativa, sem levantar o véu sobre o que se poderá esperar da edição de 2014.

Na próxima quarta-feira serão revelados os projectos mais populares, na sequência do processo de votação que decorreu entre 16 de Setembro e 31 de Outubro. Cada pessoa podia votar duas vezes: uma num projecto de valor igual ou inferior a 150 mil euros e outra num que custasse até 500 mil euros. Para a concretização dos projectos vencedores a Câmara de Lisboa reservou este ano uma verba de 2,5 milhões de euros.

Em 2008, ano em que se realizou pela primeira vez o Orçamento Participativo de Lisboa, houve 1101 votos registados, número que subiu para 4719 no ano seguinte. Em 2010 as propostas a votação tiveram um total de 11.570 votos, no ano seguinte 17.887 e em 2012 29.911. Graça Fonseca salienta que um dos maiores objectivos desta iniciativa “é fazer com que as pessoas tenham confiança nos processos de participação e se sintam envolvidas na governação da cidade”.
 
 

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