Ministro confirma transferência de esquadra da PSP em Cedofeita para poupar na renda

Manuel Macedo falou aos jornalistas durante a inauguração da nova esquadra de Aldoar, na antiga escola primária da Rua da Vilarinha.

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O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, confirmou, na manhã desta quarta-feira, que a saída da 12.ª esquadra da Rua de Cedofeita, no Porto, se prende com questões financeiras.

"A esquadra de Cedofeita é um problema tão simples quanto este: está num edifício arrendado, o proprietário entendeu proceder ao aumento da renda, com o qual não concordamos. Estamos à procura de uma nova solução, com carácter de urgência", disse o ministro, questionado pelo PÚBLICO.

Manuel Macedo falava à margem da inauguração da nova esquadra de Aldoar, que irá servir esta freguesia da cidade e também a freguesia de Nevogilde. O ministro não confirmou, contudo, se a 12.ª esquadra poderá abandonar a Rua de Cedofeita já no mês de Outubro, conforme temem comerciantes e moradores da zona, que estão a preparar um abaixo-assinado, contra o encerramento.

O documento, que conta já com mais de 300 assinaturas, segundo os seus promotores, continua disponível para recolher mais nomes, até à próxima sexta-feira, devendo depois ser entregue ao Ministério da Administração Interna, à PSP, à Câmara do Porto e à Junta de Freguesia de Cedofeita, entre outras entidades. Nele, moradores e comerciantes manifestam o seu "descontentamento relativamente ao fecho da 12.ª esquadra da PSP na Rua de Cedofeita e consequentemente a perda de segurança de toda esta zona". O abaixo-assinado solicita ainda "às entidades competentes que encontrem soluções para que se mantenha os mesmos níveis de protecção e segurança".

Ontem, fonte do Comando Metropolitano do Porto desvalorizou a questão económica do arrendamento do edifício, apontada pelos comerciantes como o principal motivo para a transferência da esquadra. A PSP do Porto garantiu ao PÚBLICO que as razões para a saída da esquadra de Cedofeita se prendiam "fundamentalmente, com questões de segurança, quer para os que lá trabalham, quer para os utentes".

Esta manhã, Manuel Macedo não se referiu a essas questões de segurança. Já a Câmara do Porto, que detinha o contrato de arrendamento do edifício em que se encontra a 12.ª esquadra, e a quem a PSP pagava 633 dos 846,80 euros mensais de renda, confirmou ao PÚBLICO ter denunciado o contrato de arrendamento em Junho, depois de o senhorio ter anunciado, em Fevereiro, que a renda iria ser aumentada para 2540 euros. Com a denúncia do contrato por parte da autarquia, o valor da renda teria de ser suportado, na íntegra, pela PSP.

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