O Governo Regional da Madeira vai gastar mais de um milhão de euros com o fogo-de-artifício nas Festas de Passagem de Ano 2014/2015, que serão suportados quase na totalidade pelo orçamento de 2015. No total, as festas de Natal e de fim de ano vão custar mais de três milhões de euros.

“Os encargos com o fornecimento, instalação e queima de fogo-de-artifício para as Festas de Passagem do Ano 2014/2015, no montante total de 1.046.679,48 euros, incluindo o IVA à taxa de 22%, ficam repartidos pelos anos económicos de 2014, [no valor de] 20.933,59 euros, e de 2015, 1.025.745,89 euros", lê-se na edição desta segunda-feira do Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira. A portaria é assinada pelos secretários regionais do Plano e Finanças e da Cultura, Turismo e Transportes.

O valor agora fixado ultrapassa o preço base definido para o concurso, que era de 860 mil euros, e é também superior ao que foi gasto no ano passado – 774.720 euros mais IVA, no total de 944 mil euros.

Além disto, o executivo de Alberto João Jardim vai gastar mais 1,989 milhões de euros na construção, montagem e desmontagem das iluminações de Natal. Como o PÚBLICO noticiou em Setembro, o Governo convidou o arquitecto Paulo David para recriar o plano das iluminações, aliando a tradição religiosa da cultura madeirense à inovação e criatividade. Por exemplo, serão criados "tectos" iluminados nas diversas praças do Funchal, com elementos inspirados na arquitectura da cidade, como o altar-mor da Sé Catedral. Outra novidade é a possibilidade de os visitantes alterarem a cor da iluminação através de uma aplicação de telemóvel.

O arranque das comemorações natalícias está previsto para meados do mês de Dezembro e inclui também a exibição de bandas filarmónicas, grupos folclóricos e grupos musicais na Baixa do Funchal.

Somando os encargos com o fogo-de-artifício e a iluminação com o custo do programa de animação, a despesa global das festas ultrapassa os três milhões de euros. Em 2013, ficou em cerca de 2,4 milhões de euros. No entanto, os custos elevados dos festejos são encarados pelo Governo madeirense como investimento. Isso explica que o programa do réveillon, considerado o maior cartaz turístico da Madeira, não tenha sido afectado pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, que impôs restrições e aumento de impostos na região para fazer face ao seu excessivo endividamento.