Esta sexta-feira voltou a ser um dia complicado para os bombeiros. Entre a meia-noite e as 22 horas, a Autoridade Nacional de Protecção Civil contabilizou 220 ocorrências de incêndios florestais e às 22 horas ainda havia nove fogos activos, incluindo o de Tondela, onde na quinta-feira morreu uma bombeira da corporação de Alcabideche.

Mais de mil bombeiros e outros operacionais ainda estavam no terreno às 22 horas, concentrados nos incêndios na Serra do Caramulo, na Covilhã, em Tarouca e em Vila Pouca de Aguiar.

O fogo que há três dias lavra em Tondela, na Serra do Caramulo, chegou a estar dominado na manhã de sexta-feira, mas ao final da tarde reactivou-se. O forte vento que se fez sentir na serra traiu os esforços das várias corporações envolvidas, e provocou reacendimentos "violentos". De tal forma que, ao final da tarde, o fogo estava fora de controlo e pediam-se mais meios aéreos para a zona

A poucos quilómetros do local onde se desenvolvu o fogo de Tondela, surgiu um novo foco de incêndio numa freguesia de Vouzela, que provocou mais um ferido. O incidente aconteceu em Queirã e a vítima é o presidente de junta desta freguesia, que se apressou a tentar debelar o fogo, com um carro da autarquia, e que acabou queimado na face. Joaquim Mendes foi tratado no local e posteriormente foi transferido para o Hospital de Viseu.

Pelas 19h, o comandante operacional distrital de Viseu, Lúcio Campos disse à agência Lusa que o autarca iria ser transferido, porque tinha queimaduras em 60% do corpo. “Está no hospital de Viseu, com respiração assistida. A situação está controlada, mas é para ser transferido para o Porto”, explicou, acrescentando que estavam a ser criadas condições no hospital S. João para o receber.

Além do presidente da Junta, Joaquim da Silva Mendes, que é considerado ferido grave, ficou também ferido no incêndio de Queirã um elemento da equipa de Sapadores Florestais de Vouzela, mas este ligeiramente. “Não apresenta grande preocupação. Foi assistido no local, deve ter sido uma coisa muito ligeira”, disse Lúcio Campos. Segundo o comandante operacional distrital de Viseu, os dois “terão sido das primeiras pessoas a chegar ao local do incêndio e tentaram apagá-lo”. Durante o incêndio, foram destruídas duas viaturas, uma da Junta de Freguesia e outra dos Sapadores Florestais.

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