Explosão em Alcochete: administração da SPEL abre inquérito (actualização)

A administração da Sociedade Portuguesa de Explosivos de Lisboa (SPEL) anunciou hoje a realização de um inquérito à explosão na fábrica de Alcochete, da qual resultou um morto e um ferido, este último transportado para o hospital do Montijo.

Segundo apurou a Lusa, a vítima mortal é um homem de 42 anos, residente na freguesia do Alto Estanqueiro, no Montijo, e que trabalhava para a SPEL há cerca de duas décadas.

Em comunicado divulgado ao princípio da noite, a administração da SPEL refere que a explosão ocorreu às 18h20 no tanque de tratamento de águas residuais, na área dos ácidos anexa à instalação fabril, tendo atingido um trabalhador que viria a falecer.

O comunicado, assinado pelo presidente do Conselho de Administração da SPEL, Francisco Camello, acrescenta que foram "accionadas todas as medidas previstas no plano de emergência interno da empresa", mas nada adianta sobre as causas do acidente e sobre o trabalhador ferido pela explosão.

No entanto, o responsável de serviço no Centro Nacional de Operações do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), Nuno Costa, disse que o ferido não apresentava sinais de qualquer lesão com gravidade, realçando, no entanto, que "só é possível determinar se houve, ou não, lesões graves provocadas pela explosão em ambiente hospitalar". Em declarações ao PUBLICO.PT, uma fonte dos Bombeiros Voluntários de Alcochete adiantou que foram enviados para o local 15 efectivos, apoiados por duas viaturas de combate a incêndio.

Questionado sobre eventuais perigos para a saúde pública resultantes da explosão, Nuno Costa assegurou que "não houve derrames nem libertação de gases resultantes da decomposição do ácido [nítrico] que se encontrava no tanque onde se verificou a explosão".

A fábrica da SPEL, instalada em Santa Marta de Corroios, no concelho do Seixal, foi transferida há alguns anos para as antigas instalações da Extra (Explosivos da Trafaria), a cerca de 15 quilómetros de Alcochete.

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