Uma vítima mortal, dois feridos graves (entre eles uma criança de quatro anos) e trânsito cortado na A28 durante mais de três horas é o resultado de uma colisão entre um veículo pesado e quatro veículos ligeiros e um pesado, que ocorreu esta quarta-feira no sentido Norte/Sul daquela via.

"Mesmo quem tem experiência em questões de sinistralidade e segurança tem dificuldade em perceber como é que este acidente aconteceu. A disposição em que ficaram as viaturas não ajuda a perceber no imediato. Só no final das averiguações que as autoridades já estão a fazer". A comandante Municipal da Protecção Civil de Matosinhos, Susana Gomes, disse ao PÚBLICO que não era fácil explicar a causa, e que só podia contabilizar as consequências: um colisão em cadeia entre quatro veículos ligeiros, um motociclo e um veículo pesado resultou na morte imediata de uma mulher de 30 anos, em dois feridos graves (entre eles uma menina de quatro anos) e quatro feridos ligeiros (três homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 23 e os 75 anos), e um corte efectivo da via por tempo "ainda por determinar", mas que acabou por durar três horas e 25 minutos.<_o3a_p>

O alerta chegou às autoridades às 15h15, altura em que começaram a ser mobilizados os meios operacionais que superaram a meia centena de homens, entre bombeiros de quatro corporações (Matosinhos Leça, Leixões, São Mamede Infesta,  Portuenses e Pedrouços) e pessoal das 40 viaturas do INEM, da Cruz Vermelha Portuguesa, da Brigada de Trânsito e da Polícia Municipal, que acudiram ao local. O acidente obrigou ao corte integral do trânsito nas quatro faixas que a A28 tem naquele troço. <_o3a_p>

Apesar da confirmação não ser ainda oficial, a vítima mortal seria a mãe da menina de quatro anos que, explica Susana Gomes, “seguia viagem com o sistema de retenção colocado, e que, no caso em apreço, e dado o estado em que ficou a viatura, lhe permitiu sair do local do sinistro com vida”. As vítimas foram prontamente assistidas por equipas do INEM, que também deslocaram para o local uma brigada de apoio psicossocial para intervir junto dos intervenientes no acidente. Os feridos graves deram entrada no Hospital de São João, mas não foi possível apurar a evolução do seu estado clínico. Os feridos ligeiros deram entrada no Hospital Pedro Hispano.<_o3a_p>

Susana Gomes explicou que os trabalhos de remoção da viaturas iriam ser prolongados – e entrar pelo horário de maior constrangimento de transito – e que tanto a policia municipal como a Brigada de Transito se empenharam em desviar os fluxos ora pela Ponte móvel do Porto de Leixões (no caso do transito que se deslocava para Matosinhos e para a área litoral do concelho do Porto) ora pela A44, que faz ligação ao aeroporto  do Porto e à Via Regional Interior (VRI), uma via de distribuição que pode encaminhar os automobilistas pela A3 ou pela A4 para seguirem o seu destino.

A comandante da Protecção municipal sublinhou também o esforço feito pela polícia para impedir que no sentido Sul/Norte existissem abrandamentos (uma tendência dos automobilistas que não só cria constrangimentos como, às vezes, provoca outros acidentes). A circulação acabou por ser restabelecida pelas 18h40 minutos