Cidades ligam-se em rede para testar soluções que facilitem vida das pessoas

Membros do Rener Living Lab adiaram escolha do presidente do conselho estratégico

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A recolha de lixo é uma das áreas em que, com a tecnologia, se pode conseguir poupanças Manuel Roberto
Moeda será apresentada pelo ainda bispo do Porto, D. Manuel Clemente
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Moeda será apresentada pelo ainda bispo do Porto, D. Manuel Clemente Adriano Miranda

Sem expectativas de reforço nos respectivos orçamentos, as 25 Câmaras que nesta segunda-feira assinaram a criação da rede nacional de cidades inteligentes – Rener-Living Lab – olham para as tecnologias como uma forma de servir melhor os cidadãos, poupando dinheiro. Brevemente, assegura a Inteli, o Centro de Inovação que coordena esta “liga de cidades”, devem já começar a ser testadas no terreno soluções que colocam a inovação ao serviço de áreas como o ambiente, a mobilidade, e a inclusão, entre outras.

Na primeira reunião do conselho estratégico, que ontem decorreu no Porto, foi adiada a escolha do município que presidirá a este organismo. Dada a novidade da orgânica deste consórcio, que resulta do alargamento da actividade da rede criada há quatro anos para a mobilidade eléctrica, os participantes decidiram escolher o seu representante político mais tarde. Tudo indica que o Porto terá a primeira presidência deste conselho.

Rui Moreira, anfitrão do encontro que ontem decorreu precisamente na Câmara do Porto, deu o mote: "estamos a dar arranque a uma rede de cidades portuguesas. Os municípios pretendem encontrar as melhores soluções para os desafios colocados pelas novas exigências tecnológicas, ambientais, sociais e económicas. O que estamos aqui hoje a fazer é a criar uma liga de cidades, orientada para a o desenvolvimento sustentável e para um futuro mais inclusivo", frisou o autarca independente perante uma plateia com vários vereadores, mas também alguns presidentes de câmara, como o de Coimbra, (Manuel Machado) Viana do Castelo (José Maria Costa) ou Loures (Bernardino Soares).

Entre as áreas prioritárias estão a eficiência energética e da mobilidade inteligente, indicou o autarca. "É tudo o que tem a ver com a qualidade de vida, com aquilo que tenho descrito como tornar as cidades mais confortáveis e mais interessantes. Tudo isso é possível utilizando menos recursos e utilizando recursos ambientalmente mais competentes. As cidades, que antes eram vistas como problema ambiental, hoje são provavelmente a saída para esse problema", observou Rui Moreira, em declarações aos jornalistas. O presidente do Conselho de Administração da Inteli, José Rui Felizardo, explicou que, a partir do Rener Licving Lab, as cidades portuguesas ganham escala e vão poder testar soluções desenvolvidas por várias empresas – algumas delas multinacionais – sempre com o objectivo de, posteriormente, se colocar essas tecnologias em uso no dia-a-dia.

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