Câmara do Porto quer apoiar protótipos eléctricos para ter "frota mais verde"

Veículos vão ser testados durante o período normal de trabalho

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A Câmara do Porto tem uma taxa de IMI de 0,4%. Rio quer fixá-la em 0,36% Nelson Garrido

A Câmara do Porto quer associar-se aos testes dos protótipos de uma marca automóvel e apoiá-los com 10 mil euros, para que os veículos "mais verdes" que resultem do projecto possam responder às necessidades da frota municipal.

A proposta do presidente da autarquia, a que a Lusa teve acesso nesta sexta-feira e que deverá ser votada na reunião privada do executivo marcada para terça-feira, explica que o município, através do pelouro do Ambiente e da Inovação, já "tem vindo a desenvolver estudos no sentido de tornar, no futuro, a frota do município mais verde".

A intenção é, por isso, colaborar com a empresa que "desenvolveu um conjunto de protótipos eléctricos de veículos ligeiros de mercadorias que se revelam absolutamente inovadores" ao nível da protecção do ambiente.

"O município tem todo o interesse em apoiar o desenvolvimento destes protótipos através da participação nos seus testes de frota, de forma a garantir que, sendo eles testados no contexto de trabalho do município, seja possível que os veículos que venham a resultar deste projecto possam responder às necessidades municipais", justifica o presidente Rui Moreira no documento.

O autarca justifica com a "incontornável relevância" da iniciativa a associação ao projecto "através da participação nos testes de frota dos protótipos, bem como através da concessão de um apoio financeiro no valor de 10 mil euros".

O documento esclarece estar em causa a Mitsubishi Fuso Truck Europe -- Sociedade Europeia de Automóveis, S.A. (MFTE), "a sociedade distribuidora de veículos da marca em Portugal" que, para poder desenvolver os seus protótipos, precisa agora de "promover a realização de testes de frota".

A empresa pretende testar a "viabilidade e durabilidade dos protótipos através de uma utilização regular dos mesmos", descreve-se no acordo.

"O município vê como fundamental para a sustentabilidade ambiental e económica a mobilidade eléctrica. A mobilidade eléctrica aliada ao facto de Portugal ser um dos líderes mundiais na área das energias renováveis, contribuirá de forma bastante significante para o desígnio comum de redução das emissões de dióxido de carbono", observa a proposta.

O acordo entre as duas entidades vigora até ao fim dos testes de frota, em Junho de 2015, segundo estipula o documento. 

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