Arrábida e Arco do Tejo, as novas centralidades turísticas da região de Lisboa

O Plano Regional de Turismo Lisboa 2015-2019 deverá ser submetido a um período de consulta pública.

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O Plano Regional de Turimo Lisboa 2015-2019 Daniel Rocha

Apostar no desenvolvimento de produtos complementares à oferta turística de Lisboa, proporcionando “um mosaico de experiências” a quem visita a região, é um dos desígnios do Plano Regional de Turismo de Lisboa 2015-2019. Nesse sentido, o documento prevê o desenvolvimento de duas novas centralidades: Arrábida e Arco do Tejo.

Segundo se explica na edição de Setembro da Revista Turismo de Lisboa, “na Arrábida, a abordagem alavanca nos activos da serra, permitindo o desenvolvimento do turismo de natureza e da enologia, enquanto a centralidade do Arco do Tejo assenta no Estuário do Tejo e na sua forte oferta equestre”. A juntar-se a essas duas centralidades há outras três, Lisboa, Cascais e Sintra, que “surgem naturalmente da realidade turística actual da região”.

No editorial daquela publicação, o director adjunto da Associação de Turismo de Lisboa (ATL) destaca que a estratégia a desenvolver nos próximos anos se centra no “reforço da relação existente entre a cidade de Lisboa e a região”. O que, diz Mário Machado, “proporcionará um mosaico de experiências únicas que visa despertar no visitante o desejo de conhecer e de regressar à região”.

“É a primeira vez que abordamos integradamente a cidade e a região”, afirma por sua vez o director geral da ATL, que acrescenta acreditar que “a nova abordagem territorial vai produzir resultados”. Segundo Vítor Costa, o Plano Regional de Turismo de Lisboa 2015-2019 “estará concluído no tempo apropriado para começar a ser desenvolvido no início do próximo ano”.  

Em relação a Cascais, a ideia é promover o “reforço da abordagem ao turismo de saúde e a sua promoção como principal pólo de turismo residencial na região”. Quanto a Sintra, diz-se na Revista Turismo de Lisboa que “o enfoque está no desenvolvimento dos produtos para os quais existe um potencial de oferta forte, como a promoção como pólo de turismo aventura”.

Finalmente, para Lisboa o plano estratégico desenvolvido pela consultora Roland Berger propõe que se aposte na captação de congressos de grande dimensão, objectivo para o qual se considera indispensável a construção de um novo centro de congressos, e na criação de roteiros temáticos”. O fado, acrescenta-se, “deverá ser a personagem central” do primeiro desses roteiros.

A concretização desse centro de congressos é também uma velha ambição do presidente da Câmara de Lisboa, que já em Janeiro de 2011, no âmbito da apresentação do Plano Estratégico para o Turismo de Lisboa 2011-2014, lançou “um convite à iniciativa privada” para que avançasse com o investimento. Em troca, o autarca dizia-se disponível para ceder os terrenos necessários. Mais tarde ficou a saber-se que a Praça de Espanha era a localização apontada pelo município para o novo equipamento.

Recentemente, António Costa revelou que quer ver relançado o debate em torno da criação de uma taxa de turismo, acrescentando que essa seria uma forma possível de financiar aquele centro de congressos. “É expectável que tenhamos pela frente algumas semanas de viva discussão sobre o assunto, em especial sobre o destino a dar a esse novo financiamento”, antecipa a esse respeito Vítor Costa na já mencionada revista da ATL.

Nessa publicação, com data de Setembro, diz-se que o Plano Regional de Turismo de Lisboa 2015-2019 se encontra “actualmente disponível online para consulta pública”. O PÚBLICO perguntou à ATL onde e até quando é que o documento pode ser consultado, além de ter pedido que o mesmo lhe fosse facultado, mas não obteve resposta.      

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