António Costa e José Sá Fernandes chegam a acordo na Câmara Municipal de Lisboa

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O acordo de Costa com Sá Fernandes não significa a maioria Luis Ramos/PÚBLICO

O recém-eleito presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, já chegou a acordo com José Sá Fernandes, vereador independente eleito pelo Bloco de Esquerda, para formar o novo executivo, que toma posse esta tarde. Apesar deste acordo, não está ainda garantida uma maioria no executivo camarário.

Para chegar a acordo, Costa teve que aceitar as seis condições impostas pelo vereador eleito pelo Bloco de Esquerda.

Segundo o acordo, os promotores imobiliários vão ser obrigados a vender ou a arrendar 20 por cento das casas a preços abaixo do mercado. Segundo a edição de hoje do "Jornal de Negócios", a venda desses 20 por cento será feita a "preços sociais". Falta apenas definir os critérios e o público-alvo desta medida.

O acordo prevê também a proibição da construção de novos empreendimentos na frente ribeirinha.

O plano do arquitecto Ribeiro Telles — o "corredor verde" entre Monsanto e o Parque Eduardo VII — vai avançar, com a gestão deste dossier entregue a Sá Fernandes.

O novo presidente da Câmara aceitou também cancelar a permuta que entregou à Bragaparques os terrenos da Feira Popular — a legalidade deste negócio vai ser investigada e vai também ser feito o levantamento de anteriores negócios entre a Câmara de Lisboa e esta empresa.

As empresas municipais vão ser reestruturadas e o o alvo principal é a EPUL, que deverá ficar apenas com a reabilitação urbana, perdendo todas as competências na construção de habitação.

António Costa já garantiu que não vai atribuir pelouros ao PSD e aos integrantes da lista independente de Carmona Rodrigues.

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