Abate de camélias no cemitério abre polémica em Castro Daire

Presidente da câmara acusado de sacrificar árvores para instalar campa da sogra. Autarca lamenta golpe "baixo" da oposição quando está de luto

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A camélia é considerada a "rainha das flores" Manuel Roberto

Duas camélias do cemitério de Castro Daire foram abatidas e o espaço antes ocupado pelas árvores centenárias foi utilizado para colocar a sepultura da sogra do presidente da autarquia local.

A oposição considera o procedimento “insólito” e acusa o presidente da câmara, o socialista Fernando Carneiro, de mandar arrancar as árvores para satisfazer um “desejo pessoal”. Uma decisão que para o PSD é sinónimo de “abuso de poder”.

“Numa decisão de interesse particular do próprio, o sr. presidente ordenou, aos funcionários da autarquia, utilizando uma máquina da autarquia, que procedessem ao corte de duas das camélias centenárias que se localizam numa zona central do cemitério de Castro Daire, para satisfazer o seu desejo de colocar a campa no local onde aquelas camélias se encontravam”, denunciam os sociais-democratas.

O PSD acusa ainda o autarca socialista de “prepotência” e que a sua atitude revela “uma falta de sensibilidade e um total desprezo” pelas referências “sentimentais e patrimoniais que a todos pertencem”.

São acusações às quais o presidente da câmara, contactado pelo PÚBLICO, não quis responder. Fernando Carneiro comentou apenas que esta é uma "atitude baixa” por parte da oposição, numa altura em que toda a sua família se encontra de luto.

Fonte da autarquia explicou que as árvores tiveram de ser cortadas, uma vez que poderiam vir a danificar as campas à volta.

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