Maioria da tripulação de barco da Greenpeace detida por dois meses na Rússia

Ecologistas foram acusados de pirataria quando faziam uma acção de protesto no Árctico.

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Activistas pedem libertação dos membros da tripulação do Arctic Sunrise Reuters

Vinte e dois dos 30 membros da tripulação do quebra-gelos Artic Sunrise da organização ambientalista Greenpeace, interceptado no Árctico pelas autoridades russas quando realizava uma acção de protesto, permanecerão detidos durante dois meses e os outros por três dias.

“Dos 30, 22 ficarão detidos durante dois meses e oito durante três dias”, informou a organização não governamental, que pretende recorrer da decisão. “Os advogados apresentarão um recurso para pedir a libertação imediata das pessoas detidas”, acrescentou.

Os tripulantes do barco estão a ser investigados por “pirataria”, um crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão na Rússia, pela tentativa de abordar uma plataforma da empresa Gazprom no Árctico para protestar contra os projectos de extracção de petróleo na região.

Entre os tripulantes há 26 estrangeiros de 18 nacionalidades, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, e quatro russos, incluindo o repórter fotográfico Denis Siniakov.

“Os nossos militantes pacíficos estão na prisão por terem revelado as atividades perigosas da Gazprom”, acusou Kumi Naidoo, director-executivo do Greenpeace International..

O porta-voz da Gazprom, Serguei Kuprianov, afirmou que o Greenpeace actuou “de maneira totalmente ilegal”. O comité de investigação russo, principal órgão de investigação penal do país, quer manter na prisão toda a tripulação do Arctic Sunrise até o final do processo.

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