Marcar para deixar o adversário ainda mais pressionado, eis o desejo de Vítor Pereira, treinador do FC Porto, para o jogo de quarta-feira, frente ao Málaga, que decidirá qual dos dois clubes chega aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Na conferência de imprensa de antevisão da partida, o técnico português lembrou que “o Málaga vai ter de fazer golos” para recuperar da desvantagem de 1-0 que traz da primeira mão, no Porto, e que se os “dragões” marcarem vão “colocar grande pressão no adversário”.

“O objectivo é claramente marcar um golo”, defendeu o técnico dos “dragões”, manifestando a sua crença de que o FC Porto conseguirá fazê-lo no Estádio La Rosaleda, terreno do Málaga, a partir das 19h45 de quarta-feira.

Vítor Pereira frisou que o “FC Porto não sabe jogar para defender” e gosta de “pressionar e condicionar o jogo do adversário”, mas espera um Málaga mais atrevido do que no primeiro encontro, por se encontrar em desvantagem na eliminatória.

“Fundamentalmente, pela necessidade que têm de marcar, acredito que vão arriscar mais, vão querer virar o resultado negativo que trouxeram do Porto, mas nós como equipa não sabemos jogar para defender resultado. O nosso ADN é claro, gostamos de ter iniciativa, de ter a bola, de mandar no jogo, de pressionar e de condicionar o jogo do adversário”, considerou.

Sobre o regresso do médio João Moutinho e do defesa francês Mangala, depois de um período de afastamento da equipa por lesão, Vítor Pereira disse que “os grandes jogadores fazem sempre falta à equipa”, mas insiste que o FC Porto “se tem afirmado fundamentalmente pelo colectivo”.

O técnico disse acreditar “num Málaga de qualidade”, mas “com a diferença de que terá de marcar golos” e “sabendo que, fazendo o FC Porto um golo, colocará uma pressão extra muito grande sobre a sua equipa”.

“O Málaga é uma equipa recheada de talento individual, treinada por um grande treinador [Manuel Pellegrini], com provas dadas, e colectivamente tem grande qualidade, pelo que não acreditamos na mínima facilidade, porque se acreditássemos em facilidades nesta fase da Liga dos Campeões, estaríamos enganados”, advertiu