Varzim vai processar o Sindicato dos Jogadores por difamação e má-fé

Direcção do clube rejeita acusações feitas por Joaquim Evangelista no que respeita ao jogador Maximiliano Santos.

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Joaquim Evangelista acusou o Varzim de praticar "actos desumanos" Foto: Rui Gaudêncio

O Varzim vai avançar um processo em tribunal contra o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) por difamação e má-fé, após as acusações feitas por Joaquim Evangelista relativamente à situação do jogador Maximiliano Santos.

O presidente do SJPF afirmou que o defesa brasileiro vive “uma situação dramática, na qual lhe é negado o direito à habitação e à alimentação paga pelo clube”, acusações que foram esta terça-feira, em conferência de imprensa, completamente rebatidas pela direcção do clube.

O presidente do Varzim, Pedro Faria, garantiu que “o bom nome do clube foi posto em causa” e admitiu que “o departamento jurídico já está a tratar de processar o autor das acusações”. “Este clube não deve nada a ninguém desde o primeiro dia que assumi as funções. Temos tudo em dia com toda a gente e inclusive já resolvemos problemas pendentes de direcções anteriores. Por isso, não admito que nos acusem de tratar alguém desumanamente”, afirmou o dirigente.

O director desportivo do Varzim, Alexandre Vilacova, a quem Joaquim Evangelista exigiu a irradiação do futebol, acusando-o de ser o principal responsável “pelos actos desumanos”, garantiu que “nada do que foi dito pelo presidente do SJPF é verdade”.

“A verdade está do nosso lado, mas por muito boa que seja a nossa defesa, o nome do Varzim ficou associado a uma situação desumana que não aconteceu e vão ter que pagar por isso. O jogador esteve alojado num apartamento do clube, comeu nos melhores restaurantes da cidade, tudo à custa do Varzim, e nunca foi impedido de o fazer. Aliás, nós nem tínhamos qualquer obrigação para o fazer, já que no contrato que ele assinou estava apenas previsto o alojamento, as refeições e despesas de saúde enquanto estivesse à experiência”, esclareceu Alexandre Vilacova.

O diretor desportivo, e antigo jogador do Varzim, explicou ainda que o jogador “foi dispensado no âmbito de uma reestruturação, e após se entender que o atleta não tinha qualidade para representar o clube”. “Ele esteve lesionado três meses. Nós recuperámo-lo mas depois percebemos que não tinha qualidade para jogar no Varzim. Fizemos um acordo de cavalheiros, onde nos comprometemos a ajudá-lo a encontrar um clube. Pediu-nos para ficar até final de Janeiro. Arranjámos um clube nos Açores para ele ir jogar, mas como ele tinha o passaporte caducado a ida dele ficou sem efeito”, explicou ainda o dirigente.

Alexandre Vilacova acusou ainda Joaquim Evangelista de “querer mediatismo” e garantiu que vai responder por todas as acusações que fez sem quaisquer provas. “O senhor Joaquim Evangelista devia era trabalhar na sua área e não aparecer à custa do trabalho dos outros. Para mim ele não vale nada”, disse ainda.

O presidente do Varzim garantiu, no final da conferência, que tinha recebido durante a manhã o processo de rescisão do jogador Maximiliano Santos, pedido pelo próprio atleta.
 

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