Há muito que Bernard Tomic é apontado como o futuro do ténis australiano, mas tem marcado passo. O comportamento fora do court tem-lhe valido muitas críticas. A juntar a isto, o azar: Tomic desistiu na ronda inaugural do Open da Austrália, após perder o primeiro set (4-6) para Rafael Nadal, com uma lesão que o levou a ser operado à anca. O regresso, previsto para Abril, foi abreviado para o Sony Open Tennis, em Miami, onde o australiano protagonizou um recorde negativo: foi eliminado em apenas 28 minutos!

No encontro mais curto de que há memória no ATP World Tour, o finlandês Jarkko Nieminen (74.º) derrotou Tomic (40.º), por 6-0, 6-1, após o australiano ganhar somente 13 pontos. “Faz parte do processo de reabilitação. Não estou desapontado”, desvalorizou Tomic.

Melhor esteve o compatriota Lleyton Hewitt (44.º). Aos 33 anos, o veterano australiano derrotou o holandês Robin Haase (46.º), por 3-6, 6-3 e 6-3, para somar a 600.ª vitória no circuito, juntando-se a Roger Federer e Rafael Nadal, na restrita lista de tenistas no activo a atingir essa marca. Como “prémio”, Hewitt vai ter a oportunidade de defrontar o líder do ranking, Rafael Nadal.

Na jornada de ontem do segundo Masters 1000 do ano, estava programada a estreia de João Sousa (42.º), frente ao espanhol Pablo Carreño Busta (64.º).

No Panamá, Gastão Elias (169.º) foi travado na segunda ronda do challenger, pelo romeno Adrian Ungur (123.º), com um duplo 6-4, num encontro em que o vento impediu um maior aproveitamento do seu serviço.

“Estava muito calor e bastante vento. As condições estavam difíceis, mas mesmo assim acho que foi um jogo com bom nível de ténis”, adiantou Elias, antes de comentar o desperdício das sete ocasiões que teve para quebrar o serviço adversário: “Senti que este jogo estava muito mais para o meu lado que para o dele, mas no final das contas quem aproveita as oportunidades é quem ganha.”

Na próxima semana, Elias vai estar na Colômbia, para disputar mais um challenger, em Barranquila.